• Carregando...
Ator escocês Sean Connery no papel do agente secreto a serviço da coroa britânica | Divulgação
Ator escocês Sean Connery no papel do agente secreto a serviço da coroa britânica| Foto: Divulgação

Estoril

Cidade portuguesa foi um ponto de concentração de espiões durante a Segunda Guerra Mundial, local em que Ian Fleming aprendeu sobre mulheres deslumbrantes e taças de martíni.

Iugoslavo

Dusko Popov, agente duplo que trabalhou tanto para a inteligência britânica quanto para os nazistas, era um tipo que apostava em cassinos e vivia cercado por mulheres lindas. Ele teria sido o homem na origem do 007.

James Bond, o espião mais famoso da literatura (e do cinema), cercado de carros luxuosos, mulheres deslumbrantes e taças de martíni, foi criado em Portugal. O escritor Ian Fleming (1908-1964), "pai" do agente secreto, se inspirou em segredos de espionagem da época da Segunda Guerra Mundial.

Poucas semanas após começarem as filmagens do próximo filme protagonizado por Bond – e quando são lembrados os 50 anos da morte de Fleming –, muitos amantes da saga de 007 pesquisaram as fontes de inspiração do escritor e identificaram dados cruciais relacionados aos arredores de Lisboa, envolvendo especialmente a cidade de Estoril.

Funcionário dos Serviços de Inteligência Naval Britânica, Fleming chegou a Portugal em maio de 1941 junto com a comitiva de sir John Godfrey.

Hospedado no elegante Hotel Palácio de Estoril, no balneário localizado a 25 quilômetros de Lisboa, Fleming criou James Bond dentro do "ninho de espiões" no qual a pacata Estoril tinha se transformado.

Francisco Corrêa de Barros, gerente do hotel construído nos anos 1930, confirmou à Agência Efe que o estabelecimento foi "escolhido pelos aliados" como quartel- general, e o Hotel Parque pelas forças do Eixo.

Pela neutralidade de Portugal durante a guerra e a proximidade do Oceano Atlântico, Estoril era um lugar estratégico das redes de espionagem dos dois lados e um ponto de referência para chegar ao continente americano.

Barros, privilegiado conhecedor da história do hotel e da cidade, lembra da tensão vivida na época e deu pistas sobre o dia a dia de Fleming.

Ele teria convivido com espiões, muitas vezes nos balcões dos bares, com quem compartilhava martínis – drink que se tornaria uma marca de Bond – e conheceu o código morse usado para enviar informações confidenciais.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]