O fim do ano promete ser tenso para a Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). Com o término da atual gestão do governo do estado, mais de 20 músicos terão de sair de seus cargos, em decorrência do término dos contratos de comissionamento. O problema é que ainda não há uma solução que garanta a reposição das perdas. Uma ação popular contesta essa forma de contratação que o poder público vinha usando até agora. E sem esses músicos, o trabalho da orquestra, que conta com um número mínimo de apenas 68 profissionais, não pode seguir por uma nova temporada.
Outro fator ajuda a aumentar ainda mais a insegurança do trabalho dentro da orquestra. A Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná publicou em Diário Oficial, em julho, o resultado de uma votação realizada por seus integrantes. O documento sugere o nome de três regentes que, na opinião dos músicos, poderiam assumir o posto de maestro titular em 2007. Na verdade, essa já é a segunda vez em que a associação pede a substituição de Alessandro Sangiorgi, que está no comando da orquestra desde 2002. "É um processo natural", afirma o presidente da associação, o violinista Acácio Weber. Para ele, a orquestra deveria trocar de maestro a cada dois anos, para melhorar seu desempenho.
Nena Inoue, atual diretora artística do Centro Cultural Teatro Guaíra, diz que a mesma situação acontece no outro corpo estável do teatro, o Balé Teatro Guaíra (BTG). Apenas seis bailarinos do grupo atual são concursados. Os demais têm de entregar o cargo no fim deste ano.
A solução nos dois casos é a realização de concursos públicos. O governo afirma que está trabalhando nisso. A resposta definitiva, porém, ainda não foi dada.
Enquanto não se encontra uma solução a dica é aproveitar as apresentações programadas para este ano.



