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Os traços e cores de Uiara Bartira

MAC expõe a partir de hoje desenhos inéditos da artista, produzidos desde a década de 1980; outras duas exposições abrem no espaço

A artista observa a série Rito de Passagem, feita em nanquim com papel fotográfico | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
A artista observa a série Rito de Passagem, feita em nanquim com papel fotográfico (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
Uiara Bartira a frente da série

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Uiara Bartira a frente da série

Estão dispostos no MAC 180 desenhos da artista, além de projeção de outros 600 |

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Estão dispostos no MAC 180 desenhos da artista, além de projeção de outros 600

Uiara ficou conhecida pelo seu trabalho em gravura, mas nunca deixou de desenhar |

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Uiara ficou conhecida pelo seu trabalho em gravura, mas nunca deixou de desenhar

Ela escolheu as obras da mostra entre 1.300 trabalhos, produzidos ao longo de três décadas |

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Ela escolheu as obras da mostra entre 1.300 trabalhos, produzidos ao longo de três décadas

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A artista plástica Uiara Bartira sempre foi conhecida pela gravura, ou pela "obra gravada", como prefere dizer. Começou na década de 1980 e foi a responsável pela implantação de oficinas e a estruturação do Museu da Gravura de Curitiba (entre 1989 e 1993). Uiara, entretanto, nunca deixou o desenho de lado. É essa compilação inédita, feita ao longo de 30 anos, que estará exposta a partir de hoje no Museu de Arte Contemporânea (MAC), na mostra [Conciliar], que terá lançamento do catálogo homônimo.

SLIDESHOW: Veja fotos de Uiara Bartira

A escolha para se chegar às 180 obras foi trabalhosa, e teve ajuda da pesquisadora Karina Muniz Viana. Foram catalogados e fotografados 1.300 desenhos – 600 deles serão projetados em uma das paredes do MAC, e o restante, exposto em séries.

Uma delas é Esquarteja­mento, que Uiara fez na década de 1980, após voltar de uma temporada de estudos em Nova York.

Os desenhos, em bastão a óleo, trazem partes de um corpo desfiguradas. "O desenho é algo de corpo e alma. Já a gravura é mais cerebral", teoriza.

O desenho, segundo ela, também foi o responsável por trazer a cor ao seu trabalho – algo que, na gravura, fica em segundo plano. Em Percepção Espacial, diz Uiara, o colorido é evidente e muito influenciado por sua proximidade com a obra de artistas como Hélio Oiticica (1937-1980), e da ida para o Rio de Janeiro (onde morou entre 1996 e 2007).

"Eu precisava sair da luz branca de Curitiba e ir para o amarelo no Rio. Foi um exercício sensorial."

Na época em que se mudou, além do fato de Uiara ser "meio nômade" (já morou em 26 residências diferentes), ela precisava redescobrir a arte brasileira, e ver Curitiba de fora.

"Fui para o Norte, Nordes­te, me aproximei muito do Brasil. Era algo que faltava para mim."

Outras mostras

Também abrem hoje mais duas exposições: A Geodésima Museológica, com obras do acervo do museu, tem curadoria de José Francisco Alves e traz obras de 59 artistas do acervo do MAC, como Dulce Osinski, Ida Hannemann de Campos, Poty Lazzarotto, Raul Cruz, Luiz Carlos Brugnera, entre outros.

Também serão expostas 17 gravuras de Francisco Stockinger, doadas recentemente pelo Museu de Arte do Rio Grande do Sul.

No mesmo dia, também será lançado um livro sobre o artista. Já a mostra Leveza e Tensão traz objetos e instalações de Eleonora Fabre, produzidos entre 2011 e 2012, que remetem ao tempo e à memória. Todas as exposições ficam em cartaz até março de 2014 e a entrada é gratuita.

Uiara Bartira

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