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Em busca de novos efeitos visuais a partir do trabalho corporal, o coreógrafo Fabrice Lambert, da companhia L’Experience Harmaat, participou da 13ª Bienal de Dança de Lyon (França) com dois solos: A Comme Abstraction e Gravité.

O segundo se destacou por Lambert ter experimentado a interação de seus movimentos no solo, sobre uma película de água, com uma tela ao fundo do palco. Ele inicia o solo nu – o que realmente não choca o público francês – e, em algumas séries de movimentos, veste seu figurino. O ponto alto são as imagens na tela, que hipnotizam pela beleza da reverberação das ondas transparentes a cada mudança de posição de Lambert.

Outro trabalho interessante é Os Leitores (Coreografias Coletivas), da companhia David Rolland. Rolland e a bailarina Valeria Giuga oferecem um pequeno livro para ser pendurado no pescoço por todos os espectadores. A proposta é dividir com as pessoas as experiências que Rolland teve como bailarino: perceber a diferença dos matizes de cores da iluminação, sentir a distância entre as pessoas ao redor, ouvir a música e a diversidade de tempos, mover-se realmente, entre outras sensações.

Segundo ele, a dança não está somente nos movimentos virtuosos. "Pode estar nos pequenos gestos do cotidiano", diz. Cada sessão propõe diferentes exercícios a partir do livro, com músicas relaxantes ao estilo lounge, e, ao fim, todos assistem ao vídeo feito durante a apresentação.

Fórum de debate

A Bienal de Lyon criou o evento Focus Danse, o primeiro fórum de discussão, na França, dedicado à criação e disseminacão dos trabalhos coreográficos contemporâneos. Diversos coreógrafos e produtores brasileiros estiveram presentes nesse fórum, ampliando suas conexões. Durante os debates, os profissionais refletiram sobre as fronteiras culturais, a submissão cultural e as dificuldades das pesquisas em dança. (MFG)

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