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festival de teatro

Para 2014, mais atrações internacionais

Decisão amplia alcance artístico do evento, considerado um sucesso neste ano, apesar de reclamações quanto ao formato

Se, artisticamente, o Festival de Teatro 2013 foi considerado um sucesso, reclamações quanto ao formato tendem a ocorrer todo ano. Muita gente não gosta que o evento coincida com a Páscoa, por exemplo, porque viaja e acaba perdendo um dos fins de semana. Mas não tem jeito: o evento colou sua identidade com a semana do aniversário de Curitiba, 29 de março. A boa notícia é que, no ano que vem, a coincidência não ocorrerá: a Páscoa cai no dia 18 de abril, e o festival, de 25 de março a 6 de abril.

Algumas pessoas reclamam também do preço dos ingressos, mais alto do que o cobrado em outros festivais do país. Mas a alta de R$ 10 (de R$ 50 para R$ 60 na mostra principal) não repercutiu nas vendas. O público cresceu, ainda que pouco, em relação ao do ano passado, passando de 215 para em 225 mil pessoas (eram cerca de 300 mil ingressos à venda, no total).

Apesar de os ingressos para os melhores lugares nas peças da Mostra 2013 sumirem semanas antes das datas de apresentação, o que se viu com frequência foram cadeiras vazias, incluindo as das primeiras filas, e mesmo quem comprou a entrada antecipadamente acabou ficando com poltronas do fundo. A impressão que fica é que foram concedidas dúzias de cortesias e que o sortudo em questão não teve interesse em ir ao teatro. De acordo como diretor Leandro Knopfholz, isso não acontece, já que as empresas patrocinadoras recebem vales-ingresso a serem trocados na bilheteria, o que não implica o bloqueio de assentos nas salas de apresentação.

Os próprios teatros, por outro lado, têm uma fileira de cortesia cada um, para a qual recebem ingressos determinados em contrato e que distribuem como querem.

Apostas

Uma mudança positiva deste ano foi a transferência da mostra infantil Guritiba para depois do festival, indo de amanhã até 28 de abril.

Outra boa tendência é o aumento no número de espetáculos internacionais, que, por vezes, escondem pérolas calcadas em uma cultura desconhecida, como foi o caso da coreana Pansori Ukchuk-ga.

Para o próximo ano, Leandro pretende avaliar mais propostas recebidas – cerca de cem peças estrangeiras se propuseram a vir nesta edição.

"Tenho percebido possibilidades de viabilizar esses espetáculos com parceiros como os Sescs-SP e Rio, Itaú Cultural e os próprios teatros. O festival pode ser o eixo para isso acontecer e a ideia é ganhar antecedência", disse o diretor à reportagem.

Não deixa de ser um risco, já que a negociação com equipes estrangeiras pode ser dificultada por questões logísticas e até culturais. Neste ano, o ótimo Kiss & Cry cancelou a vinda após problemas no transporte do cenário, e Homem Vertente precisou ser encurtada porque o grupo argentino Ojalá temeu pela segurança dos atores em números aéreos quando 1 dos 24 motores apresentou defeito.

"Por cautela, eles entenderam que todos os motores poderiam dar problema. Foi uma decisão conjunta."

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