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“Sempre escrevi sozinho no meu quarto e só mostrava para os outros quando a música estava pronta. Dessa vez, sentei com gente que eu nunca tinha encontrado antes para tentar compor” | Divulgação
“Sempre escrevi sozinho no meu quarto e só mostrava para os outros quando a música estava pronta. Dessa vez, sentei com gente que eu nunca tinha encontrado antes para tentar compor”| Foto: Divulgação

Bio

Palavra chave

David Cook nasceu em 1982, no Texas, e foi criado no Missouri, onde trocou a faculdade de Teatro pela graduação em Design Gráfico (desde então, assina a arte de seus discos)

Antes

Formou a primeira banda, Axium, aos 15 anos. Mudou-se para o Oklahoma depois de formado e entrou para outra banda, Midwest Kings, como guitarrista e back vocal. Trabalhou como barman e lançou seu primeiro álbum-solo, Analog Heart (2006).

Depois

Venceu a sétima temporada do American Idol em maio de 2008. Em novembro, lançou o disco David Cook nos Estados Unidos. O CD já havia ultrapassado um milhão de cópias vendidas quando chegou ao Brasil em março.

Papéis trocados

Durante o tempo em que tocou guitarra na banda Midwest Kings e gravou o EP Incoherent With Desire To Move On, David Cook fazia backing vocal para o vocalista Andy Skib. Os dois amigos trocaram de papéis. Hoje, é Andy quem acompanha David em sua nova banda, tocando guitarra e encorpando os vocais nos shows. De vez em quando, a convite do Idol, volta ao microfone do centro do palco para cantar "Make Me", canção do repertório de MWK que Cook adicionou à turnê.

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O rosto escondido atrás da guitarra é familiar para o público americano. David Cook não só venceu a edição passada do American Idol, o programa de maior audiência nos EUA, como ainda conquistou, em menos de três meses, um disco de platina pela venda de mais de um milhão de cópias do CD que leva o seu nome. Tudo tão grandioso, que o cantor resolveu segurar a onda e fazer de sua primeira turnê pós-Idol um passeio pelos pequenos auditórios das universidades dos Estados Unidos, em busca de um ambiente mais íntimista. Os ingressos voaram e foi preciso acalmar os fãs com promessas de futuras turnês.

Começa, também, a ficar conhecido além das protegidas fronteiras americanas. E não só entre os que o assistiram pela tevê a cabo. Com o disco lançado pela Sony BMG por aqui, em março, Cook tem dado mais atenção aos ouvintes internacionais. E os brasileiros, diz abaixo, estão entre os seus fãs mais "enfáticos".

Na conversa por telefone com a reportagem da Gazeta do Povo, o rapaz texano de 26 anos falou da inevitável transformação em sua carreira após vencer o reality show pop, mas, principalmente do que não mudou. "Sinto que esse é um álbum que eu lançaria com ou sem o Idol".

Gazeta do Povo – O que você estava fazendo e o que você tinha em mente para a sua carreira antes de vencer o American Idol?

Minha carreira antes do Idol não pagava muito bem, mas eu estava tentando fazer música para quem quer que quisesse ouvi-la. O que o programa fez foi transformar algo que eu definitivamente tinha como uma paixão, e que eu queria, em uma carreira que paga bem. Só não esperava que fosse tão rápido.

Você costumava tocar em bandas de rock com amigos ou em projetos -solo independentes, e, de repente, passou a ter de agradar uma grande gravadora e todo o tipo de pessoa que o viu no American Idol. Essa mudança afetou sua relação com a sua música de alguma maneira?

Eu acho que não. Eu tive sorte. A 19 e a RCA (gravadoras) realmente me deixaram ser eu mesmo. E, como resultado, eu fico bem confiante de dizer que sinto que esse é um álbum que eu lançaria com ou sem o Idol. Obviamente, eu tive muito mais recursos ao meu redor. Mas o tema das canções e a base musical são coisas que eu faria sozinho.

Participar de um reality show pode atrair uma carga de preconceito, especialmente para um roqueiro. Li você dizer que estava receioso de que as pessoas o rotulassem baseadas no que viram no programa. Isso aconteceu?

Eu acho que sempre vai ser uma preocupação. Sempre que você se coloca nesse formato em que as pessoas têm duas horas por semana para tentar descobrir quem você é, invariavelmente haverá alguma expectativa e tudo o que podemos fazer para mudar isso é tocar nos shows, promover esse disco e conhecer as pessoas. Está sendo uma das partes mais importantes do meu trabalho tentar sair disso e derrubar essas paredes com que as pessoas me cercaram. Para ser honesto, é divertido. Eu realmente gostava, no programa, de contrariar as expectativas das pessoas. Continuar a fazer isso é uma das coisas que torna esse trabalho agradável.

Você sempre escreveu suas próprias canções? Tem composto durante a turnê?

Tive minha primeira banda (Axium) aos 15 anos. Tocávamos covers, mas eu logo comecei a compor. Para mim é sempre terapêutico. Faço isso quando preciso dar um tempo na realidade. Tento manter o violão por perto o tempo todo. Tenho um disco com dois caras da minha banda, que eu conheço há uns seis anos (Neil Tiemann e Andy Skib, com quem tocava na banda Midwest Kings). Como nós temos experiência em trabalhar juntos, nunca perdemos o tom.

Neste disco, você trabalhou com diferentes parceiros, como Johnny Rzeznik (do Goo Goo Dolls) e Raine Maida (Our Lady Peace). Como foi a experiência?

Eu sempre escrevi sozinho no meu quarto e só mostrava para os outros quando a música estava pronta. Dessa vez, tinha alguns trechos e riffs, e sentava com alguém que eu nunca tinha encontrado antes para tentar compor. Foi realmente assustador, mas eu senti que surgiram algumas das melhores músicas que eu já escrevi. Foi uma experiência que abriu meus olhos. Quero fazer novamente. Comparando seu primeiro disco-solo, Analog Heart, ao novo, David Cook, você vê alguma mudança de estilo?

Eu vejo uma maturidade nas letras do novo disco. Em Analog Heart, eu era um pouco mais metafórico. Tentava escrever para mim mesmo sem que as outras pessoas soubessem do que eu estava falando. Nesse novo disco, eu realmente quis solidificar as ideias. Há algumas músicas que têm temas em comum: falam de amor e distância, se você ama alguém, deixe-a livre. No novo álbum falo dessas ideias com mais honestidade. Acho que é por isso que sinto que são algumas das melhores músicas que eu já escrevi.

Você estava terminando um segundo álbum, nunca lançado, antes do American Idol. Uma das músicas, "A Daily Anthem", está no novo disco. Outra, "We’re Only Honest When We’re Sleeping", faz parte da set list do seu show. O que aconteceu com as demais?

Tivemos que colocá-las no bolso e esperar. Meu guitarrista Neil Tiemann estava produzindo esse disco, nunca lançado. Quando chegar o tempo certo, vamos lançar essas músicas, mas nunca se sabe. Você se vê como um artista-solo ou parte de uma banda?

Eu me vejo como uma mistura dos dois. Nós queríamos ter um nome para a banda, estamos a caminho disso, mas o que eu posso dizer é que eu sinto que nós somos uma banda e eu sou o frontman.

Você está fazendo uma turnê pelas faculdades dos Estados Unidos. Parece uma escolha incomum para um artista que tocou para milhões de pessoas. Qual a razão?

Eu queria sair do American Idol e da turnê de verão (com os dez finalistas do reality show), em que tudo era enorme. Acho que era importante para mim voltar um pouco para as minhas raízes. Eu queria tocar em lugares pequenos, eliminar a distância e tornar o show mais íntimo. Não quero tocar em uma arena e ter de lidar com as pessoas do fundo sentindo que o seu dinheiro não valeu.

Tem planos para uma turnê internacional?

Estou constantemente falando nisso, sair um pouco do país e ir pelo mundo. Não temos planos ainda, mas estamos discutindo e espero que possamos fazer isso em breve.

Há alguma possibilidade de vir ao Brasil?

Eu tenho ficado realmente impressionado com a resposta das pessoas, as mensagens que tenho recebido pelo MySpace e os presentes dos fãs. Um dos grupos mais enfáticos tem sido o dos fãs brasileiros. Eu seria negligente se dissesse que nós não vamos ao Brasil, é só uma questão de quando.

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