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Televisão

Paranaenses invadem novelas da Globo

Estado se consolida como celeiro de talentos para a televisão, tanto que dez atores integram os elencos das três tramas no ar à noite

Igor Rickli e Grazi Massafera: casal vive marido e mulher em Flor do Caribe | Matheus Cabral/ TV Globo
Igor Rickli e Grazi Massafera: casal vive marido e mulher em Flor do Caribe (Foto: Matheus Cabral/ TV Globo)
Letícia Sabatella está em Sangue Bom |

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Letícia Sabatella está em Sangue Bom

Fontoura: médico experiente em Amor à Vida |

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Fontoura: médico experiente em Amor à Vida

André Garolli faz papel de médico de prestígio |

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André Garolli faz papel de médico de prestígio

Herson Capri faz um cineasta em Sangue Bom |

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Herson Capri faz um cineasta em Sangue Bom

Fernanda Machado faz o papel de Leila |

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Fernanda Machado faz o papel de Leila

Luis Melo perde a memória em Amor à Vida |

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Luis Melo perde a memória em Amor à Vida

Nunca antes na história da teledramaturgia brasileira a "bancada paranaense" foi tão bem representada quanto agora. São nada menos do que dez atores nas três novelas que estão no ar pela TV Globo atualmente – a maioria em papéis de destaque: Grazi Massafera e Igor Rickli, em Flor do Caribe; Herson Capri, Letícia Sabatella, Pedro Inoue e Keruse Bongiolo, em Sangue Bom; e Ary Fontoura, Luis Melo, Fernanda Machado e André Garolli, em Amor à Vida. Sem falar nos intérpretes que se despediram há pouco de personagens marcantes, como Fabiula Nascimento (a manicure Olenka de Avenida Brasil) e Alexandre Nero (o advogado Stênio de Salve Jorge).

Descoberto por olheiros da emissora no Festival de Teatro de Curitiba de 2006, quando atuou na peça Os Leões, Alexandre Nero acredita que a concentração de conterrâneos atualmente no ar seja coincidência – mas reconhece que o Paraná [e principalmente Curitiba] tem uma "aura" na teledramaturgia: "Quando você fala que é de Curitiba, as pessoas te olham diferente. A cidade criou uma espécie de ‘grife’ nas artes cênicas", observa. "Há até um folclore aqui entre os colegas, de que os atores curitibanos são sempre intensos, sérios, competentes, compenetrados... é mais ou menos como a fama de que Curitiba é uma cidade de primeiro mundo."

Nero destaca porém que, além do Festival de Curitiba, que é realizado desde 1992, essa imagem se deve à dedicação dos profissionais da cidade: "Se existe algum mérito, é de gente como Lala Schneider, Mário Schoenberger, João Luiz Fiani, Enéas Lour e outros, que carregaram o piano nas costas quando não havia glamurização nenhuma na atividade".

Papel

Defendendo o papel de Atílio, o diretor de hospital que perde a memória depois de sofrer um atentado armado pelo vilão Félix (Mateus Solano) em Amor à Vida, Luis Melo é taxativo: "Curitiba é mesmo um celeiro nessa área. E eu percebo esse movimento a partir do Festival de Teatro e de iniciativas como o Ateliê de Criação Teatral (ACT), que eu criei no ano 2000", destaca. "Ali deu para perceber que é possível fazer um trabalho muito mais profundo na cidade, de pesquisa em teatro, e as próprias companhias se deram conta de que dava para fazer algo mais conceituado. É o caso de grupos como o do [diretor] Marcos Damasceno, a Sutil Companhia de Teatro [de onde surgiu Guilherme Weber] e a Cia. Brasileira de Teatro, do Márcio Abreu. Some-se a isso os olheiros que vão a Curitiba ver os espetáculos do Brasil inteiro durante o festival, e estão abertas as portas da televisão."

Segundo Melo, as artes cênicas do estado vivem um momento "feliz e muito próspero": "Temos excelentes profissionais, com boa formação e espetáculos conceituados, que estão rodando o país. E tudo isso nós aprendemos com muita disciplina, empenho e esforço. Nós temos mesmo essa coisa europeia, sabemos enlouquecer na hora certa".

Intérprete de um médico no mesmo hospital em que atua o personagem de Luis Melo, André Garolli [um ex-engenheiro mecânico que fez teatro para vencer a timidez] lembra que a criação de novos produtos de teledramaturgia expandiu o mercado para além do eixo Rio-São Paulo: "Curitiba é uma cidade exemplar não só no plano urbanístico, mas também na área cultural", considera. "O Festival está na 22ª edição, e não há como negar o crescimento de entidades formadoras de atuadores, como o ACT do meu amigo e conterrâneo Luis Melo, a Fundação Guaíra, o Barracão Encena e o Teatro Lala Scheneider, além dos intercâmbios propiciados pelo próprio festival."

E tudo isso já desemboca na sétima arte: "Adorei ver Curitiba Zero Grau no cinema. Acho que a panela de pressão cultural de Curitiba começa a se expandir para novas fronteiras", comemora Garolli.

Visibilidade

No ar como a alpinista social Leila na mesma novela, a maringaense Fernanda Machado se diz orgulhosa com toda essa visibilidade: "Acho maravilhoso e merecido esse reconhecimento, pois o Paraná tem muitos talentos. Eu fiz Artes Cências na FAP [Faculdade de Artes do Paraná] e atuei durante anos nos teatros de Curitiba, onde tive a oportunidade de estudar e trabalhar com muita gente boa. O Paraná é sem dúvida um celeiro de grandes artistas, e eu fico muito feliz de ter tido a minha formação cercada de gente como Paulo de Moraes, Ênio Carvalho, Edson Bueno, Ranieri Gonzales, Beto Meira, Regina Vogue, Enéas Lour e muitos outros."

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