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Meio ambiente

Parceria defende exploração sustentável das araucárias

A ONG ambientalista The Nature Conservancy do Brasil (TNC) e o Citigroup/Citibank nesta sexta-feira vão formalizar, em Curitiba, uma parceria para apoiar produtores rurais de Prudentópolis e Turvo, no Centro-Sul do Paraná, a explorar matas de araucária remanescentes de forma econômica e ambientalmente sustentável. O projeto-piloto também pretende produzir mudas de pinheiros e de outras espécies nativas do ecossistema da araucária para, dentro de quatro anos, recuperar 2,5 mil hectares de áreas degradadas na região.

O Citigroup vai investir R$ 200 mil na primeira fase do projeto, diz o superintendente do banco para assuntos corporativos e comunicação, Anthony Imghan. Os recursos serão utilizados por técnicos da TNC para fazer um levantamento de áreas remanescentes de araucárias e das regiões degradadas nos dois municípios, explica o diretor do programa para a Floresta Atlântica da TNC, Miguel Calmon. Durante esse mapeamento, a TNC ainda deve fazer contato com os proprietários dessas áreas para tentar convencê-los a participar do projeto.

Calmon diz que o programa prevê a construção de viveiros comunitários para a produção de pinhões, com os quais se pretende fazer a recomposição das áreas degradadas. Os produtores rurais seriam convidados a tornarem-se fornecedores dessas mudas.

Além disso, acrescenta o diretor da ONG, os proprietários de áreas com araucárias também devem ser capacitados a explorar de forma sustentável a mata, explorando, por exemplo, o potencial de extração de ervas medicinais que nascem dentro da mata. Outra opção, diz Calmon, seria a exploração da erva-mate que nasce dentre as araucárias. "A erva-mate sombreada (pela copa das araucárias) tem mais valor", afirma ele.

O projeto ainda deve estimular a formação de cooperativas por parte dos proprietários rurais para que eles explorem de forma conjunta os produtos da mata. Além disso, a TNC, que tem experiência em projetos de seqüestro de carbono, também deve estimular os proprietários a promoverem a recomposição das florestas para ganhar dinheiro no nascente mercado internacional de créditos de carbono. Segundo Calmon, a idéia da parceria é, antes de tudo, criar um modelo de desenvolvimento sustentável na região da mata de araucária que possa ser replicado para outros municípios.

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