
O número do "Rei do Gatilho", no qual um palhaço tenta acertar uma maçã na testa de outro (e, com isso, gera diversas confusões) é uma cena clássica e quase obrigatória no circo, seja ele grandioso ou amador. Essa cena, e outras como o "Árabe Contorcionista" e "O Ilusionista" estão reunidas no espetáculo Clássicos do Circo, do grupo de teatro paulistano Parlapatões, que faz temporada no fim de semana no Teatro da Caixa. Os ingressos para as apresentações no sábado (25) e domingo (26) estarão à venda a partir de hoje, ao meio-dia (veja o serviço completo do espetáculo no Guia Gazeta do Povo).
O diretor Hugo Possolo explica que a peça é uma reunião dos números mais consagrados do Parlapatões ao longo dos 22 anos de trajetória. "É uma maneira de mostrar um resumo dos cerca de 48 espetáculos desse período. Também não temos a preocupação de ser um espetáculo somente para crianças, mas de agradar a todos", diz. Entre as montagens do grupo, estão Parapapá! e O Papa e a Bruxa (já apresentados na Caixa em Curitiba), além de Vamos Comer o Piolim (vencedor do prêmio da crítica no APCA, em 1997) e Não Escrevi Isso, ganhador do Shell na categoria cenografia, em 1998.
Outros números famosos do grupo, como o "Balé dos Boxeadores", tiveram algumas alterações criadas especificamente para essa temporada agora, um anjo anão é quem entra em cena para "acordar" os palhaços depois da confusão. O "Futebol dos Palhaços" uma divertida disputa de pênaltis em cena também integra o espetáculo. "São números que sempre agradam ao público. Por isso, optamos por manter no repertório", conta Possolo, que ressalta, ainda, que o número mais "jovem" apresentado já é encenado há oito anos.
Grupo
Com foco na comédia, circo e teatro de rua, o Parlapatões surgiu em 1991 e mantém um galpão de ensaios e espaço próprio (com teatro e bar) na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. A região, aliás, ganhou novos ares após o grupo, e outros como a Companhia Satyros, se instalaram na praça. "Era um lugar aonde ninguém queria passar. Pegamos a praça destruída. Hoje é um local de convivência tranquilo. Conseguimos com essa ocupação afastar a violência, mas sem higienização", afirma Possolo.



