Parte dos quadros apreendidos nesta segunda (16) já está em Curitiba

• 0

Oito das 143 obras de arte apreendidas na 10ª fase da operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (16), já chegaram a Curitiba.

As obras que já estão na superintendência da Polícia Federal (PF) da capital paranaense fazem parte do conjunto de 11 quadros recolhidos na casa de Adir Assad, preso sob a suspeita de ser um dos operadores do envio para o exterior de dinheiro originado de propinas que movimentaram o esquema.

Os outros três quadros pegos da residência de Assad – assim como as 132 obras que foram apreendidas com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque – ainda estão sendo depositadas na sede da PF do Rio de Janeiro, uma das cidades onde foram cumpridos os mandados de prisão do dia.

Até as 17h15 desta segunda-feira não havia confirmação se os demais quadros chegariam ainda hoje a Curitiba. Entre os quadros apreendidos nesta 10ª fase da operação estão alguns assinados por Guignard, Djanira e Heitor dos Prazeres. A PF também confirmou o recolhimento de obras de Miró e Marc Chagall.

Obras da operação Lava Jato abastecem Museu Oscar Niemeyer

Centro da investigação do esquema de lavagem de dinheiro que movimentou em torno de R$ 10 bilhões, Curitiba já recebeu mais de setenta quadros apreendidos durante a Operação Lava Jato.

No ano passado, foram repassadas à Secretaria de Cultura do Paraná 16 obras de importantes artistas, a maioria brasileiros. Os quadros estavam na apreendidas na residência e no escritório da doleira Nelma Kodamo. A suspeita da PF é de que a compra das obras tenha servido para lavar dinheiro obtido irregularmente.

No início de fevereiro deste ano, o Museu Oscar Niemeyer recebeu outras 48 obras de arte apreendidas na operação. O pacote inclui dois painéis do badalado artista brasileiro contemporâneo Vik Muniz, obras de Romero Britto, um painel do curitibano Sergio Ferro, além de cinco gravuras de Salvador Dalí e várias outras pinturas e fotografias de artistas conhecidos da cena brasileira.

Estas obras estavam no Rio de Janeiro, na mansão do empresário Zwi Skornick, que seria um dos operadores do esquema de propinas cobradas pela Petrobras.