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Internacional

Paulo Biscaia rodará filme nos Estados Unidos

O diretor teatral e cineasta curitibano é convidado para fazer o longa-metragem Virgin Cheerleaders in Chains, em Austin, no ano que vem

Cenas do teaser de Virgin Cheerleaders in Chains: incentivo via crowdfunding | Divulgação
Cenas do teaser de Virgin Cheerleaders in Chains: incentivo via crowdfunding (Foto: Divulgação)
Paulo Biscaia Filho vai dirigir e editar o longa-metragem, que será rodado em 2015 nos Estados Unidos |

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Paulo Biscaia Filho vai dirigir e editar o longa-metragem, que será rodado em 2015 nos Estados Unidos

Quando exibiu seu longa-metragem Nervo Craniano Zero no Festival de Cinema de Horror de Nova Orleans, em 2012, o realizador curitibano Paulo Biscaia Filho saiu da cidade sulista dos Estados Unidos com mais do que o prêmio de melhor direção.

Ao longo do evento, o diretor fez vários contatos profissionais – e alguns amigos. Entre eles, o roteirista e produtor Gary McClain Gannaway, que na edição do ano seguinte do mesmo evento seria premiado em um concurso de roteiros, com o script de Virgin Cheerleaders in Chains, algo como "Chefes de Torcida Virgens Acorrentadas", em português.

Como o projeto tem vários pontos em comum com o trabalho cinematográfico de Biscaia, que transita entre os limites do horror e do humor, o primeiro nome que veio à cabeça do norte-americano para dirigir o filme foi o do cineasta e diretor teatral paranaense, que deverá rodar o longa no início de 2015, em Austin, capital do Texas, e em áreas rurais do estado da Louisiana. Também caberá a Biscaia editar o filme, processo que deverá ser realizado em Curitiba, após o término das gravações. "Eu me senti muito lisonjeado com o convite", diz Biscaia, que vê com entusiasmo o desafio de rodar um longa fora do Brasil.

Virgin Cheerleaders in Chains tem como personagem central um escritor frustrado que decide fazer um filme de terror de baixo orçamento, o que empresta ao roteiro um aspecto metalinguístico: é o cinema de gênero falando sobre si mesmo. Shane, o protagonista, e sua namorada, Chloe, que também embarca na empreitada, assim como os amigos do casal que resolvem participar do projeto, entendem muito pouco da arte de fazer filmes. Essa inexperiência empresta à história seu viés mais cômico.

Apoio

Para a realização do filme, Gannaway recorreu ao sistema de crowdfunding, em uma campanha de financiamento coletivo que pretende levantar US$ 60 mil, quantia mínima necessária para que ele consiga tirar o projeto do papel. Até ontem, a iniciativa, hospedada pelo site norte-americano Indie Gogo, havia arrecadado US$ 3.480. Colaborações brasileiras podem ser feitas por meio do uso de cartões de crédito internacionais.

Para a divulgação do projeto foi produzido um teaser de Virgin Cheerleaders in Chains, a partir de imagens gravadas nos EUA, por Gannaway, e em Curitiba, sob a direção de Biscaia, que convidou a atriz Michelle Rodrigues, integrante de seu grupo teatral, a Companhia Vigor Mortis. A edição dessa espécie de pré-trailer do filme foi toda realizada na capital paranaense.

No site, Gannaway explica que seu roteiro é, em parte, resultado de toda uma existência assistindo a filmes de terror. Ele cita como referência o lendário diretor norte-americano Herschell Gordon, conhecido como o "Godfather of Gore", o Padrinho (ou Poderoso Chefão) do gore, vertente do cinema de horror na qual há uma abundância de sangue e entranhas. O roteirista se utiliza, inclusive, de trechos de dois filmes do cineasta, que são clássicos do gênero: Maníacos (1964) e The Wizard of Gore (1970).

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