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Opinião

Peça brinca com a ideia de evolução

Os 52 minutos do espetáculo de dança Borbulho são lúdicos e revelam uma pesquisa apurada dos movimentos dos animais

Bailarinos simulam luta por espaço, com toque de poesia | Henrique Araújo/Divulgação
Bailarinos simulam luta por espaço, com toque de poesia (Foto: Henrique Araújo/Divulgação)

Borbulho, espetáculo de dança da companhia Chamecki-Lerner que teve apresentações no fim de semana no Teatro da Caixa – incluindo uma sessão extra, lotada – faz uma grande brincadeira com a ideia de evolução. Em consonância com a proposta de ser uma peça infantojuvenil, os 52 minutos são lúdicos e revelam uma pesquisa apurada dos movimentos dos animais. O destaque são os momentos em que os bichos descobrem o mundo ou concorrem por espaço (como na cena da foto acima, dividida pelos bailarinos Israel Becker e Flavia Mattos).

VÍDEO: Veja um trecho do espetáculo Borbulho

Os figurinos, cenários e adereços de Janaina Tschape estão integrados ao jogo: elásticos, bexigas e bolas vão e vêm numa alusão ao ininterrupto ciclo da vida. É agradável ao espectador deparar-se com uma ideia desdobrada em diferentes movimentos.

Outro ponto alto é a trilha sonora original, realizada por DJ Dolores e Chico Correa com sonoridade eletrônica pontuada por guitarra – a música é mais interessante quando sai das florestas e rios para ambientes mais complexos.

A única aceleração desejada seria nos instantes um tiquinho prolongados de black-out entre cenas. O final também deixa a sensação de estar aquém para uma peça que surpreendeu até ali.

Tendência, linguagens e gêneros no espetáculo Borbulho

Espetáculo de dança contemporânea tem com alvo o público infanto-juvenil e fica de 25 a 27 de outubro no Teatro da Caixa.

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