
O que você falaria se tivesse apenas 6 minutos à disposição? Declamaria uma poesia, revelaria um segredo ou apenas falaria o que viesse à cabeça? Na segunda edição do evento Pecha Kucha Night Curitiba, que acontece amanhã, no Teatro do Paiol, 14 palestrantes terão apenas 6 minutos e 40 segundos para fazer uma apresentação criativa sobre um tema que eles mesmos escolheram. Calma leitor, a matéria não está errada: todos os participantes terão apenas 20 slides com 20 segundos cada para se expressar. Para não correr o risco de o palestrante extrapolar o tempo, a organização do evento é responsável por trocar os slides no tempo previsto. "O palestrante terá de se agilizar, pois a organização do evento não deixará o tempo extrapolar", ressalta um dos organizadores do Pecha Kucha, Guilherme Krauss.
O evento foi criado em 2003, em Tóquio, no Japão, por uma arquiteta e um designer, com a ideia de reunir profissionais e estudantes das duas áreas para mostrarem trabalhos e novos projetos. De lá pra cá, o encontro cresceu e 465 cidades espalhadas pelo mundo promovem essas apresentações, com o mesmo nome e formato.
Conhecimento
Em Curitiba, o Pecha Kucha (pronuncia-se "petiacútia") promoveu sua primeira edição no ano passado e contou com 250 convidados. Desta vez, intitulado de "O Evento da Nata Curitibana", o encontro pretende aproximar o público do cenário cultural underground da capital e também ser um espaço de descontração, onde o objetivo principal é estimular a criatividade. "O legal do evento é que ele é a ponte entre o conhecimento underground e pessoas que não imaginam que temas tão diferentes, normalmente esquecidos pela população, possam despertar interesse e serem objetos de estudo", explica Krauss.
Nesta edição, o público vai conhecer, por exemplo, a história do publicitário Tiago Stachon, que ajudou um cientista paranaense a vender uma pílula que transforma água suja em potável para os Emirados Árabes. Tiago vai falar sobre a experiência de conhecer um sheik e de como é viver naquele país. A tese do arqueólogo Marcos Juliano, o "Indiana Jones curitibano", sobre um tesouro da Marinha Britânica que estaria enterrado na capital paranaense, também será abordada no encontro. O arqueólogo vai mostrar um documento que pode comprovar a lenda de que um pirata depositou aqui esse tesouro há séculos atrás. Além deles, a funkeira curitibana Jaqueline Moranguinho, o ilustrador das histórias dos X-Men, Ibrahim Roberson, o publicitário Elói Zanetti, o arquiteto Guilherme Santana, o jornalista e colunista da Gazeta do Povo José Carlos Fernandes, entre outros convidados vão falar de suas experiências profissionais e pessoais.



