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O "Na Moral" será gravado cinco dias antes de ir ao ar, o que, segundo direção, não impedirá discussões acaloradas | Divulgação
O "Na Moral" será gravado cinco dias antes de ir ao ar, o que, segundo direção, não impedirá discussões acaloradas| Foto: Divulgação

Manter acesa a criatividade mesmo em ritmo de produção industrial resume o desafio diário de Luiz Gleiser na Globo. Mas agora, ele envolve cativar o espectador com uma nova faceta de Pedro Bial, que pouco terá a ver com a imagem erguida ao longo dos anos à frente do "Big Brother Brasil".

A expectativa do programa autoral se torna ainda maior com o fraco desempenho registrado por Fátima Bernardes, outra prata da casa a assumir projeto próprio, na primeira semana matutina. Há mais quatro décadas na TV, cerca de três delas na Globo, o diretor quer mostrar que sua fábrica de ideias está a todo vapor, nesta quinta, às 23h30, na estreia do "Na Moral".

Em um tempo em que é difícil inovar na televisão, o jornalista de 62 anos reconhece que a busca por atrações diferentes é árdua mas viável. "Só oito notas musicais foram criadas, mas a cada dia surge uma música nota", brinca. Envolvido com a atração desde o ano passado, o diretor de núcleo teve a função de ajustar o projeto.

A preocupação com Ibope, ele adianta, não é exagerada, já que o horário é menos disputado do que as novelas ou as manhãs. Com plateia e convidados que debaterão um tema diferente a cada edição, o "Na Moral" não tem traços comuns a nenhum outro produto da emissora - exceto justamente o "Encontro com Fátima Bernardes". "Não é um 'late show' (formato de programa de entrevista que vai ao ar à noite, comum nos EUA). Queremos as faces da plateia, que será uma caixa de ressonância."

O "Na Moral" será gravado cinco dias antes de ir ao ar, o que, segundo Gleiser, não impedirá discussões acaloradas. "Nada é frio com o Bial. Ele é quente para caramba. O fato de ser semanal e à noite dá outro tipo de embocadura, vamos pegar temas mais profundos. Há sexo e política em tudo", diz o diretor. Temas do dia a dia e assuntos atemporais conviverão. "Vamos trazer o que há de contraditório em temas relevantes. O brasileiro finge que odeia polêmica, mas está sempre metido nela."

Junto à plateia anônima, estarão convidados famosos. "Vamos alternar gente mais ou menos conhecida. O DJ será um conhecido que vai influir na discussão", explica Gleiser. O tema do primeiro programa será "o politicamente correto" e o DJ, o cantor Alexandre Pires - a questão do polêmico videoclipe com Neymar e as fantasias de macaco deve ser revista.

Um dos responsáveis pelos primeiros canais da Globosat, como Multishow e GNT, Gleiser foi um dos criadores do "Som Brasil", tradicional na programação da madrugada e alheio à preocupação com audiência. O grande trunfo, diz ele, é dar espaço a artistas iniciantes. "Hoje, 95% dos artistas que estão conhecidos, passaram por lá. É um programa experimental, não é competitivo. Somos prisioneiros do sucesso da grade. Mas tenho recursos de horário nobre. Gravo em alta definição", diz.

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