Viagens costumam render bons relatos, sejam livros, ensaios fotográficos ou documentários. No caso do argentino Sergio Mercurio, um périplo de 12 anos de sua cidade natal, Banfield, até o México serviu de matéria-prima para um espetáculo de bonecos para adultos. Em De Banfield a Mexico, em cartaz hoje, em espanhol (às 18 horas) e português (às 20 horas), no Teatro José Maria Santos, ele mistura pessoas que encontrou pelo caminho e as experiências mais inusitadas ocorridas durante o trajeto.
Quem espera só sentar e assistir pode se surpreender. "É uma mistura com stand-up, porque no meio faço um pausa para falar com a plateia e as pessoas podem perguntar o que quiserem", contou Mercurio à Gazeta do Povo. Ele avisa que, na versão em espanhol, o bate-papo será realizado nesse idioma.
Em Viejos, outra peça com bonecos em cartaz amanhã e domingo, ele conta a história de oito personagens idosos. "Em cada cena, coloquei um aspecto da velhice que me chama a atenção." Segundo o diretor bonequeiro, ele faz isso sem assumir um tom compassivo ou lamentoso.
Os espetáculos estão inseridos em uma retrospectiva dos 20 anos de carreira de Mercurio, que inclui ainda O Titiretero de Banfield, às quartas-feiras, e En Camino, às quintas, com versões em português e francês.
Além das peças, que ficam em cartaz até 4 de setembro, o longa-metragem O Filme da Rainha, que Mercurio dirigiu sobre a artista de rua que ficou conhecida por trabalhar com papéis de bala, Efigênia Rolin, será apresentado no próprio Teatro José Maria Santos aos sábados e domingos, com entrada franca.



