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“Marinha (Paranaguá)”: óleo sobre tela de Miguel Bakun, sem data | Imagens: Reprodução
“Marinha (Paranaguá)”: óleo sobre tela de Miguel Bakun, sem data| Foto: Imagens: Reprodução

Pintores do porto

Conheça os artistas que retrataram o Porto de Paranaguá em obras exibidas a partir de hoje pelo MON

Alfredo Andersen (1860-1935)

Darci Regis

Ennio Marques Ferreira

Estanislau Traple (1898-1958)

Fernando Calderari

Miguel Bakun (1909-1963)

William Michaud (1829-1902)

Ricardo Koch (1900-1976)

Ricardo Krieger

Píers, embarcadouros e portos sempre exerceram um fascínio especial entre os artistas. "É um local que impressiona pelo visual e por remeter a questões como as viagens, as conquistas de lugares desconhecidos e o ir-e-vir de estrangeiros que trazem novas culturas e novas referências", diz Suely Deschermayer, curadora da mostra Séries do Porto, que abre hoje, às 19 horas, no Museu Oscar Niemeyer para comemorar o aniversário de 75 anos do Porto de Paranaguá.

A exposição agrupa cerca de 25 obras pertencentes ao acervo do MON e emprestadas de particulares e de outras instituições como, por exemplo, o Museu Paranaense. Ela revelam visões sobre o Porto de Paranaguá de alguns dos mais importantes artistas paranaenses.

"Mais do que as paisagens, a exposição impacta pela retratação dos navios", diz a curadora. Um exemplo significativo é o óleo sobre tela "Marinha", de Miguel Bakun (1909-1963), em que as embarcações aparecem "estacionadas" no porto em tintas trágicas, como se fossem fantasmas, bem ao modo expressionista do pintor de descendência eslava.

Às embarcações, também pintadas por nomes como o curitibano Estanislau Traple (1898-1958) e o polonês radicado em Curitiba Ricardo Koch (1900-1976), juntam-se obras que revelam o dia-a-dia movimentado dos estivadores e outros funcionários do local. Exemplo é a tela "Cais do Porto", de 1943, em que Ennio Marques Ferreira usa nanquim para dar vida a homens que carregam e descarregam as mercadorias dos navios.

Assim como ele, integram a mostra outros artistas vivos como Fernando Calderari, Ricardo Krieger e Darci Regis, este último nascido em Paranaguá. "Decidimos introduzi-lo por ser um artista local que retrata muito bem o porto", explica Suely. Também integram a exposição "o pai da pintura paranaense", o norueguês radicado em Curitiba Alfredo Andersen (1860-1935), e o suíço Guilherme William Michaud (1829-1902), que viveu por muitos anos em Superagui, onde constituiu família e retratou as paisagens do litoral paranaense.

O Porto

A história do Porto de Paranaguá remonta ao século 17, quando ele funcionava como um atracadouro particular. Apenas em 1917 o governo do Paraná assumiu a administração do empreendimento. Com 2.816 metros de cais, o Porto é hoje o segundo maior do Brasil em movimentação de cargas e o maior porto graneleiro da América Latina, com capacidade para movimentar mais de 30 milhões de toneladas.

Serviço

Séries do Porto. Museu Oscar Niemeyer (R. Mal. Hermes, 999), (41) 3222-8262. Abertura, dia 16, às 19 horas. De terça-feira domingo, das 10 às 18horas. R$ 4 e R$ 2 (meia) e livre (crianças até 12 anos, maiores de 60 e escolas públicas pré-agendadas). Até 4 de julho.

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