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Cênicas

Por cenários e figurinos melhores

Cursos de curta e longa duração ensinam a teoria e a prática da criação de elementos do teatro usados também em exposições e eventos

Figurino de Lendas Japonesas, de Paulo Vinícius, que ministra oficina | Daniel Sorrentino/Divulgação
Figurino de Lendas Japonesas, de Paulo Vinícius, que ministra oficina (Foto: Daniel Sorrentino/Divulgação)
Maquete elaborada por alunos de cenografia da UTFPR |

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Maquete elaborada por alunos de cenografia da UTFPR

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Cenário, figurino, maquiagem e adereços nascidos como ferramentas das artes cênicas estão migrando para diferentes áreas, como exposições, ambientação de restaurantes e parques temáticos e até a montagem de vitrines. Com isso, cresce a procura por profissionais que criem – e saibam mandar fabricar – os utensílios necessários a esses usos específicos.

Em Curitiba, estão abertas as inscrições para dois cursos que pavimentam as bases para tanto. A cenografia é tema de uma especialização da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que agora abre sua segunda turma, com inscrições prorrogadas até o dia 7 de maio. Em relação à turma piloto, que terminou o curso em 2010, o novo grupo seguirá um currículo mais prático, mas partindo dos princípios da produção teatral.

"Percebo em Curitiba uma crise de mercado, com muitos espetáculos de cenografia muito simples, ou nenhuma. É verdade que os recursos são limitados para se investir nisso, mas existem também soluções simples", contou à reportagem o coordenador do curso, Ismael Scheffler.

Um dos ex-alunos tornou-se agora professor. Alfredo Gomes Filho, sócio do espaço Villa Hauer Cultural, ensina sobre os diferentes materiais que podem ser usados num cenário.

A madeira é um deles, e tem sido útil para a também ex-aluna Juliana Perrella, que organiza exposições no Sesc da Esquina. "Lidamos com espaços com muitas interferências, e estou aproveitando bastante o que aprendi", conta.

"Cenografia se aprende muito na prática, então, para mim, o curso forneceu as bases teóricas", conta Alfredo, que atua há 30 anos na área.

Dos 20 alunos já inscritos (são 30 vagas), a metade vem das áreas de arquitetura e artes cênicas, mas há também profissionais das artes visuais (como Juliana), design, fotografia e até eventos. O ponto alto do curso são as maquetes realizadas como experimento de possíveis cenários.

Figurino

Assim como o cenário, o figurino compõe a "dramaturgia visual" de um espetáculo – exposição, vitrine etc. –, e nessa área também faltam conhecimentos técnicos e de base. Buscando suprir uma demanda sentida após constantes solicitações postadas em seu site, o figurinista Paulo Vinícius (que cursa a especialização em cenografia da UTFPR) ministra quatro dias de aula em uma oficina na escola Cena Hum, entre 7 e 10 de maio.

"Os interessados em atuar na área precisam primeiro se tornar pessoas de teatro, saber se comunicar com o diretor, os atores, a costureira e a modelista", defende o artista. "Não basta ter conhecimentos técnicos. O figurinista precisa estar a serviço das necessidades do espetáculo, seja do corpo do ator ou limitações financeiras, e, no final, ainda saber o que restou de autoria sua."

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