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Quarta a desfilar na madrugada deste domingo (10), a Tom Maior empolgou o público com seu enredo sobre o prazer. Sem avançar no tempo regulamentar, a agremiação do bairro de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, fez da avenida um parque temático com a manifestação do desejo sob variadas maneiras.

A comissão de frente trouxe um portal mágico para o parque dos desejos, traduzido por um buraco de fechadura. Seus integrantes atuaram como personagens de Nelson Rodrigues, em referência à adaptação televisiva da obra do dramaturgo "A vida como ela é". Mais real ainda para o prazer foi um destaque masculino seminu. A espécie de ícone de Adão veio no abre-alas, que também disparou metros infindáveis de serpentina ao longo do percurso.

A bateria, do mestre Carlão, entrou no recuo exibindo tons de vermelho, laranja e amarelo, tudo para simbolizar o "fogo do desejo". Na ala Tentação, integrantes foram serpentes e liderados pela passista Tania Oliveira, que mostrou muito samba no pé com a fantasia de 25 quilos.

Em outra alegoria sobre a Idade da Pedra, a plateia ganhou seu passaporte para o prazer, com a modelo e atriz Angela Bismarchi como destaque. Fantasiada de felina, com toda sua sensualidade retratou o sexo animal da pré-história. E a artista contou que o adereço para a alegria custou em torno de R$ 20 mil.

Depois da alegoria do Jardim do Eden, a escola veio com a ala Arte Rupestre, com fantasias que trouxeram detalhes de caveirinhas em atos sexuais e outros de fósseis. Dando sequência à temática da luxúria, vieram eunucos e bacanais, seguidos por uma alegoria com um imenso Deus Baco seminu desfrutando de um cacho de uvas.

Outra surpresa veio da ala das baianas, caracterizadas de Vênus, deusa do amor da mitologia romana e também primeiro nome de preservativo: camisa de vênus.

Um salto para o Oriente revelou o erotismo de gueixas no teatro japonês Kabuki e a China entrou no samba com a ciência milenar no aprimoramento dos preservativos. Gregos, romanos e o harém de mil e uma noites com Sherazade também marcaram presença, além de alquimistas e bruxas.

Até o fundador da psicanálise, o austríaco Sigmund Freud e a mente humana foram lembrados pela Tom Maior em muitas representações de fetiches variados. Para o psicanalista, "a sede de conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual".

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