O músico Luiz Henrique Fiaminghi, integrante do conceituado grupo paulista Anima, faz um recital solo de rabeca hoje, às 20 horas, no Teatro da Caixa. Os últimos ingressos estarão à venda a partir do meio-dia (veja o serviço completo do show no Guia Gazeta do Povo).
Fiaminghi, que se especializou no instrumento a partir de 1997 pelas mãos de José Eduardo Gramani (1944-1998), também ministra a palestra Rabeca Brasileira: Intersecções da música tradicional na música de câmara erudita amanhã, no mesmo horário e local.
O recital, que leva o título De Repente Rabeca, é dedicado a Gramani de acordo com Fiaminghi, um dos precursores da inclusão da rabeca no meio erudito. "Quando Gramani entrou em contato com a rabeca, em 1992, o instrumento ainda era um pouco o sinônimo de um violino mal acabado. Ele foi um dos primeiros a enxergar um instrumento de potencialidade própria."
Potencialidade que, em uma apresentação solo, precisa ser explorada de forma diferente da tradicional, já que a rabeca normalmente atua em conjunto, conforme explica Fiaminghi. "É preciso explorar outras linguagens, o que é uma coisa muito instigante", explica o músico, que diz ter desenvolvido uma linguagem particular para a rabeca. "Você acaba descobrindo coisas que não pensava possíveis."
