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Evento

Retratos de vários passados

A 4.ª edição do Festival de Cinema da Lapa acontece entre 9 e 13 de junho com mostra competitiva de filmes de época

Em Teu Nome fala da participação da juventude na luta armada gaúcha | Divulgação
Em Teu Nome fala da participação da juventude na luta armada gaúcha (Foto: Divulgação)

Na última edição, em novembro de 2008, o Festival de Cinema da Lapa se especializou em um nicho cinematográfico que combina com o seu passado histórico, preservado nas ruas e construções arquitetônicas. São os filmes de época. Ainda sem ter conseguido se fixar no calendário, o festival será realizado na próxima semana, entre os dias 9 e 13 de junho, retomando esse pendor para o passado.

Vai exibir produções em que ao menos metade da ação é ambientada há mais de 40 anos – até o fim dos anos 1970. A volta no tempo deve estar visível no texto ou na caracterização visual, como a maquiagem, a cenografia e os figurinos. É o que o diferencia entre os demais eventos do gênero. "Enquanto outros reconhecem a direção, os atores ou a fotografia, o Festival da Lapa valoriza a direção de arte e a pesquisa histórica", diz o curador Caio Cesaro.

Na cinematografia brasileira, as reconstituições mais comuns são as dos anos de chumbo da Ditadura Militar. É o caso de Em Teu Nome..., que está entre os competidores do festival nesta edição. Ambientado nos anos 70, o longa-metragem de Paulo Nascimento fala da participação de juventude na luta armada gaúcha.

Mas são os anos 1950 que predominam na programação, sob viéses variados. Há o cenário sertanejo de O Menino da Porteira, filme em que o cantor Daniel atua como um peão de boiadeiro que enfrenta as péssimas condições de trabalho a que os pequenos sitiantes são submetidos. Ou A Ilha da Morte, coprodução entre Brasil e Cuba dirigida por Wolney Oliveira. A história se passa em 1958, no país de Fidel, contrapondo os sonhos de fazer cinema de um jovem ao contexto político do movimento revolucionário. Também de Cuba vem o competidor El Benny, dirigido por Jorge Luis Sánchez: uma cinebiografia do músico Benny Moré, centrada no seu sucesso no México.

O curitibano Corpos Celestes, de Marcos Jorge e Fernando Severo, fecha a programação dos que concorrem ao troféu Tropeiro e serão exibidos no Cine Imperial. Ainda inédito em circuito comercial, o filme vai da infância à vida adulta de um menino que queria se tornar astrônomo.

Fora da competição, um toldo será armado na praça Panteon dos Heróis para sessões populares de Tempos de Paz, o filme de Daniel Filho com Tony Ramos e Daniel Stulbach, originado da peça de Bosco Brasil; e Lula, o Filho do Brasil, a cinebiografia do presidente filmada por Fábio Barreto.

Daqui pra lá

Como incentivo para os curitibanos irem ao festival, a organização oferece transporte diário gratuito até a Lapa. De 9 a 13 de junho, um ônibus sai da frente ao Teatro Guaíra, às 16 horas, e retorna às 24 horas.

Serviço

Mais informações sobre o transporte com Marcelo Miguel, pelo telefone (41) 8481-6651.

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