A revista "Rolling Stone"que chega às bancas neste fim de semana nos Estados Unidos. É uma edição especial de comemoração de seu milésimo número.
- No começo, não tínhamos idéia do que estávamos fazendo e sobre o que a capa era realmente - confessa Jann S. Wenner no editorial sobre o marco histórico da publicaçào, uma instituição da cultura pop. - O fato de termos John Lenno na primeira capa foi um acaso feliz. Tínhamos uma foto de publicidade de seu papel no filme antibélico "How I won the war. Esta foto, agora percebemos, fala claramente sobre os padrões de cultura e política que vieram a definir a 'Rolling Stone'.
A revista já teve entre seus profissionais a fotógrafa Linda Eastman, que mais tarde se tornou a sra. Paul McCartney; Annie Leibovitz, uma então estudante de arte em São Francisco que notabilizou-se como fotógrafa graças à publicação; o diretor Cameron Crowe, que recontou sua experiência como repórter bastante jovem para a revista no filme "Quase famosos" - em que a "Rolling Stone" é bastante criticada pelo crítico interpretado por Phillip Seymour Hoffman, aliás.
Depois de aparecer na primeira capa, Lennon fez muito mais pela revista admite Jann em seu artigo: "Lennon cedo compreendeu a importância da Rolling Stone, e sua participação fez muito para definir a revista. Sem dúvida, a melhor capa jamais feita foi a foto feita por Annie de John e Yoko (Ono, viúva do músico) feita perto de sua morte (...) no ano passado, a Sociedade Americana de Revistas a considerou a melhor capa de qualquer revista publicada nos últimos quarenta anos".
A edicão número mil traz uma capa com tecnologia 3-D, que levou dois meses para ser feita. A revista também publica um extenso artigo do crítico Greil Marcus sobre a sua história. Ele lembra da edição de maio de 1968, cuja capa era o guitarrista Eric Clapton, que na época formava com o baixista Jack Bruce e o baterista Ginger Baker o Cream, primeiro power trio da história do rock: na revista, o crítico Jon Landau disse que Clapton era "o mestre dos clichês do blues entre todos os guitarristas de blues da II Guerra Mundial" - um comentário que impressionou tanto o guitarrista inglês que foi homenageado como "Deus" em grafites londrinos, que ele tentou novos rumos para sua música.



