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Riqueza de detalhes é destaque em Caminho das Índias

Belos figurinos e cenários bem-acabados são pontos altos da novela de Glória Perez | Divulgação/Rede Globo
Belos figurinos e cenários bem-acabados são pontos altos da novela de Glória Perez (Foto: Divulgação/Rede Globo)

São Paulo - Com audiência na casa dos 38 pontos nos quatro primeiros dias de exibição – a antecessora, A Favorita, fechou sua primeira semana com 36 –, a novela Caminho das Índias , exibida no Paraná pela RPC, entrou no ar levando para o horário nobre as cores e os ritmos indianos, além de um vocabulário cheio de palavras e frases que têm tudo para cair na boca do povo e se transformarem em bordões nas ruas.

Segundo especialistas em teledramaturgia ouvidos pela reportagem, a apresentação da cultura indiana com riqueza de detalhes foi justamente o que mais chamou a atenção nos primeiros capítulos da nova trama das oito, além da atuação dos veteranos Tony Ramos, que interpreta Opash, e Lima Duarte, que vive Shankar.

"A novela traz como novidade para os telespectadores todo o universo indiano. Tudo bem mastigadinho, com o didatismo necessário e perdoável nesse início de trama. Os figurinos são bonitos, e os cenários, deslumbrantes. O visual impressiona e enche os olhos do telespectador ávido pelas novidades do mundo indiano", analisa Nilson Xavier, autor do Almanaque da Telenovela Brasileira.

Na opinião de Xavier, os atores mais experientes mostraram a que vieram e roubaram a cena logo nos primeiros capítulos do folhetim. "Tony e Lima estão ótimos em seus papéis."

Química

Claudino Mayer, estudioso de teledramaturgia, concorda. "A aparição das duas maiores figuras da televisão na apresentação da história foi uma coisa fabulosa." Por outro lado, a atuação dos protagonistas Márcio Garcia e Juliana Paes, para os especialistas, ainda não conseguiu empolgar e precisa de ajustes. "Não há química entre o casal. Claro que isso pode mudar no decorrer da trama, mas Garcia parece preso em cena e não convence. Juliana também ainda não encontrou o tom de Maya, mas está melhor do que o colega", afirma Mayer.

A trilha sonora, composta por vários sucessos da década de 1980, também não agradou muito. "É requentada. Uma pena", lamenta Xavier. Para o indiano Harpreet Singh, de 38 anos, comerciante que mora no Brasil desde 1996, Caminho das Índias está sendo fiel à cultura de seu país, mas peca ao apresentar algumas situações que, segundo ele, não acontecem mais no dia-a-dia do indiano. "A divisão em castas, por exemplo, é algo que não existe mais nas cidades grandes", fala Singh.

Outro aspecto que incomodou o comerciante foi a repetição de algumas palavras indianas. "Achei o emprego exagerado. Se os personagens falam português, não há motivo para usá-los tanto. Mas, de modo geral, estou gostando da novela e pretendo acompanhar", diz. O também comerciante Amitabh Ranjan, 33 anos, que vive no Brasil há quase dez anos, acha que só há uma ressalva a fazer sobre a trama de Glória. "A novela está mostrando só cidades do interior. Não podemos resumir a Índia a uma cidade pequena. Há regiões e bairros avançados."

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