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Rock sessentista bem tocado

Trio O Terno é o convidado da terceira edição da Volcano Apresenta. Tods e ruído/mm também fazem show na Sociedade 13 de Maio no sábado (14)

Tim (ao centro), é filho de Mauricio Pereira, do Mulheres Negras. | Willy Biondani /Divulgação
Tim (ao centro), é filho de Mauricio Pereira, do Mulheres Negras. (Foto: Willy Biondani /Divulgação)

A curiosa história da banda paulista O Terno envolve um apadrinhamento de peso (Maurício Pereira, do Mulheres Negras, é pai do vocalista Tim Bernardes), um apelo juvenil não escancarado (neste sábado eles fazem uma sessão de autógrafos na Galeria Endossa, em Curitiba) e a clara reverência ao rock sessentista – vitaminada no disco 66 (2012) e dosada no último lançamento do trio, o disco homônimo de 2014. Por isso tudo, a banda, que se apresenta no sábado (14) na Sociedade 13 de Maio, torna-se um produto interessante.

“Fazer um som sessentista é uma escolha estética. Não é nada escrito no papel, não é um objetivo em si, nem proposital. É natural mesmo. Os três são fãs absurdos de Os Mutantes”, diz o baixista Guilherme D’Almeida – ele utiliza um baixo Hofner, mesmo modelo que virou ícone nas mãos de Paul McCartney.

Se 66 foi gravado ao vivo em dois dias e soa como “uma banda tocando dentro de uma sala”, o último álbum do trio é, neste sentido, mais elaborado. Foram 15 dias no estúdio, com mais camadas sonoras e overdubs. As letras cotidianamente bem-humoradas também dão unidade ao registro. “A resposta do público a este disco foi bem mais musical. Parece que as pessoas entenderam o CD como conceito, enquanto 66 funcionava melhor individualmente”, conta o músico.

No show, a banda mistura faixas dos dois álbuns. E promete também algumas versões de clássicos da memória musical brasileira como “Canto de Ossanha” (Vinicius de Moraes/ Baden Powell) e “Trem Azul” e “O Que Foi Feito de Vera”, de Milton Nascimento. Formada em 2009, o trio se apresentou em Curitiba uma única vez, em 2012, no Teatro do Paiol. “Não estava cheio, mas todo mundo cantou junto. Foi bonito”, lembra o baixista.

Psicodália

O Terno foi uma das atrações do Festival Psicodália, que aconteceu em Rio Negrinho (SC) no último carnaval. O show foi competente. Além de D’Almeida, Tim Bernardes (guitarra e voz) e Victor Chaves (bateria) são bons instrumentistas, e, no palco, projetam um carisma indireto, não forçado. “Não tinha noção do festival. É o mais perto de Woodstock que consigo imaginar”, diz o músico, que “queria ficar” para o restante do evento. No dia seguinte, Arnaldo Baptista, ídolo do trio, era a grande atração. “Chegando no aeroporto, me despedi do motorista da van, que disse: ‘agora vou esperar o Arnaldo chegar.’ Não acreditei que quase encontrei o cara. Deixei um CD nosso para que o motorista entregasse a ele.”

Além d’O Terno, os curitibanos do ruído/mm e da banda Tods completam o line-up da terceira edição da Volcano Apresenta, projeto de Alyssa Aquino e Pablo Arruda Busetti, integrantes da banda Audac. A ideia é aumentar o intercâmbio entre bandas de Curitiba e grupos de fora.

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