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Rômulo Zanotto, autor de "Quero Ser Fernanda Young" |
Rômulo Zanotto, autor de "Quero Ser Fernanda Young"| Foto:

Serviço

Autógrafos de Quero Ser Fernanda Young, de Rômulo Zanotto. Quinta-feira (20),das 19h às 22 horas na Endossa/Loja Colaborativa (Av. Vicente Machado, 1047 – Batel), (41)3387-9233.

O livro custa R$ 48, mas está em promoção "até o fim do mundo" por R$ 36. Ações no lançamento também serão revertidas em descontos. A obra está à venda também na Like Store no Facebook.

Em 2004, o então ator Rômulo Zanotto deixou Curitiba, onde se formou em artes cênicas da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) rumo ao Rio de Janeiro. Acabou se instalando em Niterói e, sozinho, buscava alternativas para manter a "cabeça ocupada." Um dia, fazendo supermercado, se deparou com o livro Aritmética, de Fernanda Young, em uma das prateleiras. A narrativa em primeira pessoa e a citação das ruas de Niterói fizeram com que Zanotto se identificasse imediatamente, e Fernanda virou quase uma obsessão. Ele resolveu então fazer um livro retratando ela como personagem. A obra "Quero Ser Fernanda Young" independente foi viabilizada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e terá uma sessão de autógrafos na quinta-feira (20), na Endossa/Loja Colaborativa, no dia que pode ser véspera do "fim do mundo", tema pelo qual a personagem do escritor anda um tanto obcecada.

A proposta narrativa de Zanotto(que não acredita no fim do mundo) é transcender a palavra e o uso da metalinguagem. "Quis que o próprio livro, com a diagramação, ilustrações e detalhes gráficos, ajudasse a se contar, a compor e a complementar a narrativa. Há alguns capítulos que não são para serem lidos na íntegra, mas sim folheados, sentidos", explica.

Nos três anos em que escreveu a obra, o escritor fez várias tentativas de conhecer Fernanda Young pessoalmente, que respondia com contatos simpáticos, mas secos. Em 2007, Zanotto encadernou as páginas e mandou para o endereço de Fernanda, que respondeu que ele buscasse os direitos autorais rapidamente.

O encontro pessoalmente veio depois, durante um espetáculo encenado por ela em São Paulo. A relação dos dois atualmente é de "colegas virtuais", diz Zanotto. "Na verdade, queria ser mais íntimo dela." Ele garante, entretanto, que a obra não é um livro de fã. "É um processo estético ligado com a intertextualidade, de retirar as coisas de lugar e colocar em outra."

LeiAté decidir pela Lei de Incentivo, o escritor fez o que define como o "caminho das pedras." Na Ediouro (editora de Fernanda Young na época), o livro foi até a última fase do processo editorial, mas logo a escritora acabou migrando para a Rocco. Com isso, Zanotto acabou voltando para Curitiba e inscreveu o projeto no mecenato. "Pude fazer o livro do jeito que eu queria, foi um trabalho de criação muito genuíno."

TrilogiaQuero Ser Fernanda Young faz parte de uma trilogia literária que quer abordar o universo íntimo e pessoal de outros dois escritores: Caio Fernando Abreu, uma obsessão para Zanotto muito antes de Fernanda, e Paul Auster.

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