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Resenha

Sarah Jessica Parker estrela "Armações do Amor"

Um tema fraco leva a uma comédia igualmente fraca. É o que acontece com "Armações do Amor", que entra em cartaz nesta quinta nos Estados Unidos. Por mais energia, sorrisos cativantes e humor que os atores Matthew McConaughey e Sarah Jessica Parker coloquem em seus papéis, a história não consegue decolar.

Trata-se, basicamente, de um seriado com um enredo pobre escrito por Tom J. Astle e Matt Ember. O roteiro tem a peculiaridade de tornar alguns personagens coadjuvantes mais interessantes do que os protagonistas. Isso significa que tanto McConaughey quanto Parker ficam presos em cenas previsíveis, enquanto Zooey Deschanel, Kathy Bates e Terry Bradshaw garantem as poucas risadas do filme.

A trama gira em torno de homens de 30 e poucos anos que ainda vivem na casa dos pais. O fenômeno atingiu proporções tão epidêmicas que existe uma profissão para mulheres cuja missão é seduzir e coagir esses adultos-adolescentes a saírem do ninho.

Parker faz o papel de uma "consultora" do tipo, chamada Paula, que entrou para a profissão alguns anos atrás, quando falhou ao tentar tirar um namorado da casa dos pais dele.

Sua missão agora é Tripp (McConaughey), que aos 35 anos vê a casa dos pais como um ótimo hotel, onde a mamãe lava sua roupa, arruma sua cama e lhe prepara um café da manhã todos os dias. Aparentemente, esses caras andam em bandos: os únicos amigos de Tripp, Ace (Justin Bartha) e Demo (Bradley Cooper), também continuam morando com os pais.

Os pais de Tripp (Bates e Bradshaw) contratam Paula para tirar o filho de sua casa. A rotina da moça é criar uma relação romântica, mas não sexual, com um cliente, fazendo-o querer sair da casa dos pais imediatamente.

Qualquer pessoa que assista a meia dúzia de filmes por ano pode prever aonde leva a trama.

No lugar de qualquer reviravolta surpreendente na história, os roteiristas colocaram uma série de animais para cenas estúpidas, como Tripp sendo mordido por um esquilo, depois por um golfinho e, finalmente, por o que é descrito como um lagarto vegetariano.

Os personagens também jogam paintball, velejam e praticam alpinismo, tudo para criar uma sensação falsa em direção ao auge da história, que praticamente inexiste.

Bradshaw contracena de forma magnífica com Bates - na verdade, esses dois são os personagens mais convincentes do filme. A direção de Tom Dey é rotineira.

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