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Teatro

Selváticos apresentam performer colombiana

Grupo de 16 artistas está prestes a completar um ano em seu espaço e brinda com Nadia Granados e o Espaço Tardanza

Nadia Granados, ou La Fulminante: simulacro da pornografia para discutir questões sociais | Divulgação
Nadia Granados, ou La Fulminante: simulacro da pornografia para discutir questões sociais (Foto: Divulgação)

Quem passa de noite pela Praça Ouvidor Pardinho talvez já tenha questionado o que acontece numa casa cor de rosa cheia de gente "fantasiada". O grupo de 16 jovens que responde pela Casa Selvática se interessa pelo gênero teatral da performance, com "desvio" para as artes plásticas, e em questões de gênero. As festas são frequentes, entendidas como uma forma de proporcionar liberdade de expressão aos artistas e estudantes que frequentam o local.

Aos curiosos, eles convidam a conhecer neste fim de semana uma experiência unindo todas essas questões. Na sexta-feira, no Espaço Tardanza, promovem um bate-papo entre a atriz Léo Glück e a performer colombiana Nadia Granados, especializada na arte erótica e em seu uso político.

No sábado, Nadia faz um show na Selvática e apresenta o resultado de uma residência que está desenvolvendo ao longo da semana com 16 artistas brasileiros.

Com eventos como esse, os selváticos têm atraído, desde a inauguração do espaço, há quase um ano, não só estudantes de Artes, mas também de outros segmentos da área de Humanas – cerca de mil pessoas teriam passado pela casa nesse período.

Além das festas e apresentações, são promovidos cursos e oficinas de artes. No fim do ano, a descompanhia de dança escolheu o lugar como cenário de sua dança-instalação In-Real acontecimentos poéticos.

Sem uma liderança explícita, os selváticos são "agitados" por Ricardo Nolasco, 25 anos. Ele começou a fazer teatro aos 17 anos, já inspirado em uma vontade que move a minoria dos artistas cênicos, a de escrever. Logo embarcou no gosto pelo teatro performático e ligado às questões de gênero – que aliás atrai muita gente que passa pela Faculdade de Artes do Paraná, pondera o artista.

São trabalhos que, em geral, usam como matéria-prima a biografia do artista e partem de questionamentos sociais. "Assisti a um espetáculo da Cia. Silenciosa e fui estudar teatro para poder escrever", conta, referindo-se à companhia que fechou as portas no fim de 2012, após uma década de peças provocativas.

À frente do trabalho estava Léo Glück, de 30 anos, agora selvática, e quem comanda o bate-papo de sexta-feira com Nadia. "Depois de um tempo vira uma mercantilização...", explica a atriz o fim de seu grupo.

Fulminante

Com o nome artístico de La Fulminante, Nadia busca uma "comunicação emancipadora que abra percepções contra a opressão, o abuso de poder, as armas e o machismo", conforme contou à Gazeta do Povo.

"Na Colômbia, o machismo está muito arraigado, com a utilização marcada do corpo da mulher na publicidade." Ela explica seus métodos: "Uso alguns códigos do pornô, uma semelhança com a pornografia, para enviar mensagens".

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