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Um mês depois de tocar na capital paranaense, a banda curitibana Sabonetes estará de volta nesta sexta-feira (22) para o show de lançamento do álbum de estreia que leva o nome do grupo no John Bull Music Hall (confira o serviço). Segundo o vocalista Artur Roman, Sabonetes só existe no cenário musical graças a São Paulo. "Ser músico em Curitiba não é emprego. Vivemos cinco meses em São Paulo e gravamos o CD."
"Quando falava que era músico em Curitiba as pessoas perguntavam: ok, fora isso, o que você realmente faz? O resultado prático é que aqui conseguimos marcar com facilidade mais shows em todo o Brasil", completou.
Apesar da crítica a terra natal, os amigos de faculdade Artur Roman (vocal e guitarra), Caja (bateria), João Davi (baixo) e Wonder Bettin (guitarra e vocal) prometem interação com o público durante o show. "Vai ser muito bom agora, pois temos um CD e o pessoal conhece mais as nossas músicas para cantar junto", afirmou Roman.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com Artur Roman, vocalista do Sabonetes
Em 2009, vocês saíram de Curitiba e foram para São Paulo em busca de melhores oportunidades. Além do primeiro álbum gravado, o que mais aconteceu?Já estamos há cinco meses em São Paulo. O resultado prático é que aqui conseguimos marcar com facilidade mais shows em todo o Brasil. Além disso, ser músico em Curitiba não é emprego. Quando falava que era músico em Curitiba as pessoas perguntavam: "ok, fora isso, o que você realmente faz?". Isso mudou muito!
Em 2008, vocês lançaram um EP (single) com três músicas. Agora, lançam um álbum com 11 faixas. Comente a sonoridade desse novo trabalhoO álbum é uma continuidade do nosso EP. Quando lançamos o EP em 2008, a banda já havia mudado. Houve um amadurecimento no som rock/pop. Foi um aprendizado enorme. Trabalhamos com Tomás Magno, e seguimos a mesma linha de pensamento nesse álbum de estreia.
As composições são da banda? Quais as influências?As músicas são nossas. As canções, tanto na questão de letra e sonoridade, surgiram a partir dos ensaios de todo o grupo. As influências são os Beatles e o rock indie. Claro que aí também entram o rock brasileiro, rock dos anos 80 e até bossa nova.
Quanto tempo levou para o CD ficar pronto?Toda a produção desse álbum levou cerca de um ano. Gravamos as faixas, tivemos a pós-produção e quando vimos já havia se passado um bom tempo. Mas o álbum ficou pronto e foi lançado em um momento certo. Não corremos com nada.
Acham que os fãs curitibanos ficaram órfãos de vocês com o fato da banda ter se mudado para São Paulo? Voltam sempre para cá?(risos) Não, não tem isso. A gente volta pelo menos uma vez ao mês para Curitiba.
Como vai ser esse show de lançamento do álbum? Agora vai ser muito legal! Como o álbum já foi lançado há algumas semanas e o pessoal já ouviu, a galera que curte o nosso som vai interagir mais. Vamos tocar as onze faixas do CD. Quais os planos para 2010?Neste ano, vamos fazer a turnê para lançar o CD em todo o Brasil. Começamos na quarta-feira (20) com um show em São José do Rio Preto, em São Paulo.
Como vocês avaliam a cena musical de Curitiba hoje?A cena musical nunca esteve tão boa. As bandas de Curitiba são mais legais que as de outros lugares do País. O povo que é de fora sempre fala isso e depois que saímos daí percebemos e damos mais valor. A cena musical cresceu muito porque o pessoal tem uma visão maior. Além disso, como as coisas são difíceis por aí, o pessoal se esforça mais para dar certo!
Qual a origem do nome Sabonetes?A gente já inventou muita coisa sobre esse nome e os motivos dessa escolha, mas na verdade foi um nome provisório que simplesmente ficou. A banda começou como amigos de faculdade que queriam entrar nas festas para beber de graça. Quando teve uma dessas festas, a organizadora queria saber o nome da banda para colocar no cartaz. Falamos que eram "sabonetes". Quando percebemos o nome ficou maior que nós e ficou assim mesmo.
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