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Espaço

Sesc Glória cria experiência sensorial

Serviço Social do Comércio inaugura em Vitória (ES) uma arena acusmática, sala projetada para difundir música eletroacústica

Cadeiras viradas para as paredes, na direção das caixas de som, por onde os sons “viajam”. | Divulgação
Cadeiras viradas para as paredes, na direção das caixas de som, por onde os sons “viajam”. (Foto: Divulgação)

O nome já causa estranheza: arena acusmática. Qual a finalidade dela? Difundir a música eletroacústica. Não ajudou muito? A partir daí se percebe que esse é um espaço nada convencional, tanto que é o segundo do gênero em todo o país. Descrever em palavras como é acompanhar uma apresentação no local não é uma tarefa fácil, visto que um dos objetivos é justamente proporcionar ao visitante uma experiência sensorial.

A segunda arena acusmática do Brasil foi inaugurada no final de maio no Sesc Glória, em Vitória (ES). Até então, o único espaço similar estava na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. A apresentação inaugural foi acompanhada pela reportagem da Gazeta do Povo.

Para entender do que se trata, vamos primeiro descrever o local: uma sala com capacidade para 40 pessoas, cuja disposição dos lugares pode variar conforme o evento. Em torno do público estão dez caixas de som, pelas quais circula a música que não é executada ao vivo. Ela é gravada e apenas reproduzida no ambiente.

A inauguração da arena foi feita pelo mineiro Felipe Mendes e pelo capixaba Marcus Neves, representantes de um estilo musical pouco conhecido: a música eletroacústica. Trata-se de uma vertente de música experimental, produzida através de programas de computador, que pode reunir todo tipo de elemento: música produzida por instrumentos, ruídos, sons ambientes e palavras. Tudo é permitido.

Na apresentação inaugural, o público se sentava virado para as paredes, com as luzes apagadas. O objetivo era fazer com que a atenção fosse voltada completamente para o som que vinha das caixas. E ele impressiona. Na obra de Mendes, sons como passos, vidros quebrando e pingos de água “viajam” pelo ambiente, vindo de todas as direções, se afastando e se aproximando. Já a peça de Neves usa os diferentes elementos sonoros para acompanhar um poema concretista.

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