• Carregando...
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

O atraso na abertura dos portões, previsto para às 15 horas, mas que só aconteceu às 17 horas, e as filas para entrar não prejudicaram a edição curitibana do Tim Festival 2007, realizada na noite de quarta-feira (31). Na minha opinião foi a melhor realizada até hoje na cidade. Pelo menos entre as duas últimas, de 2006 e 2007, que eu acompanhei.

A Pedreira Paulo Leminski estava aparentemente lotada, com um público estimado entre 10 a 12 mil pessoas, o que permitiu assistir aos shows e dançar sem ter cotoveladas entre as pessoas ao lado, como é costume em locais muito cheios. Não consegui assistir todos os shows, perdi Hot Chip e The Killers, em função da correria e cansaço de um dia no meio de uma semana com feriado. Mas o universo de Björk e o show vibrante do Arctic Monkeys, valeram todo o esforço.

O show do Arctic Monkeys foi o melhor que assisti até hoje. Confesso que gosto do rock´n roll tradicional e quando vem com evoluções que acompanham os tempos, como os garotos ingleses apresentam, é para guardar na memória. O bis seria bem-vindo, mas a sensação de satisfação foi tão grande, que nem precisava tocar mais, apesar do show curto, composto de sucessos como "Fluorescent Adolescent" e "I bet you look good on the dance floor". Com a ajuda de um binóculo dava para perceber que eles se divertiam no palco, em meio a um clima de passagem de som, com muita competência. Apesar de serem apenas quatro músicos, a sensação é de que são no mínimo 10, graças a potência e som pesado que o público escuta, mesmo nos CDs ou internet. É como se ligassem uma tomada no público e só desligassem com a última música, tamanha vibração. Toda banda tem seu mérito, mas vale destacar o braço forte do baterista Matt Helders. Já o show de Björk foi outra história. Se o público dispersava, a voz potente da artista chamava a atenção de volta. O clima foi mais de magia, graças ao som pouco comum e o visual no palco. O figurino dela foi diferente dos apresentados nos shows no Rio de Janeiro e São Paulo, mas não menos interessante (uma túnica verde com tons de dourado) além da presença do grupo de sopro Icelandic Wonderbrass, com fantasias que remeteram um clima de Cirque du Soleil. Com movimentos simples, uma dança instintiva, Björk foi ganhando o público, mas conquistou mesmo quando o clima mudou para um som eletrônico dançante, com luzes que lembraram uma pista rave. Casou bem com a Pedreira. Mas a sensação que eu tive é que o público queria mesmo era assistir os shows de rock com Arctic Monkeys e The Killers.

Mesmo com os atrasos para entrar na Pedreira, para as mudanças no palco, a estrutura estava bacana, melhor que no ano passado, com Praça de Alimentação em dois pontos (embaixo, na frente do palco e na área de entrada), além da decoração, com outdoors e mensagens que o público escrevia no telão de um dos patrocinadores, tudo para criar um clima de festival. Isso sem falar do público, que aproveitou o tempo quente para desfilar seus modelos atualizados com espaço para os modernos e conservadores, sem repressão. Torço para que Curitiba esteja incluída definitivamente no roteiro das próximas edições do Tim Festival e que Radiohead venha mostrar seu som no palco da Pedreira em 2008.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]