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entrevista

“Sinceridade é uma virtude supervalorizada”, diz autor

“A mentira tem uma função social importante”, diz Luis Fernando Verissimo, autor de “As Mentiras Que as Mulheres Contam”. “A gente mente para não magoar, para evitar conflitos, para salvar casamentos e principalmente para não se incomodar. A sinceridade é uma virtude supervalorizada.”

Verissimo vê com menos benevolência a falsidade na política, tema recorrente de suas colunas. Para o autor, o debate público brasileiro hoje está dominado pela hipocrisia e pela falta de diálogo entre lados opostos. Numa crônica de setembro, ele escreveu que, na história do país, “nunca as ‘verdades’ de cada um foram tão antagônicas, e nunca os antagonistas se xingaram tanto”.

“Há uma falta de civilidade assustadora e crescente no debate político brasileiro. E aí entra raiva, entra insulto, entra intolerância, e a mentira acaba nem sendo o pior dos efeitos do clima ruim”, diz Verissimo.

Um dos mestres da crônica no Brasil, admirador e herdeiro de grandes cronistas como Paulo Mendes Campos, Rubem Braga e Antonio Maria, Verissimo já disse que o gênero pode ser definido como “a liberdade absoluta”, pois permite tudo, do comentário político à ficção. Com personagens, diálogos e tramas ágeis, os textos de “As Mentiras Que as Mulheres Contam” brincam com o formato do conto.

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