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Smurfs para novos fãs

No primeiro longa sobre os Smurfs, é o vilão Gargamel que rouba a cena

 | Fotos: Divulgação
(Foto: Fotos: Divulgação)
O ator Hank Azaria vive o malévolo Gargamel no longa |

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O ator Hank Azaria vive o malévolo Gargamel no longa

Para trazer os Smurfs às telas do cinema, quatro roteiristas criaram um portal mágico que, durante um evento em que a lua se torna azul, surge uma ponte entre o mundo de fantasia das pequenas criaturinhas criadas pelo cartunista belga Peyo e a Nova York dos dias de hoje. O filme Os Smurfs (veja horários das sessões; atenção à data de validade da programação em cinza) combina novos recursos da animação – todos os Smurfs e o gato Cruel são feitos digitalmente – com atores reais. Tanto o vilão Gargamel, interpretado de forma impressionante pelo ator Hank Azaria, como o casal vivido por Neil Patrick Harris e Jayma Suzette Mays passam o filme todo interagindo com os azulzinhos, que foram inseridos depois das gravações por meio da computação gráfica.

Não vale a pena pagar por um ingresso mais caro para conferir a versão 3D. O recurso é pouco aproveitado e não compensa o esforço de passar 103 minutos com o par de óculos escuros no rosto. A não ser que a intenção seja tirar um cochilo enquanto a criançada se diverte com as cenas rápidas e piadas bobinhas que recheiam o filme. Talvez em uma tentativa de se tornar mais interessante aos adultos, o filme acaba tratando de assuntos que não fazem exatamente parte do universo infantil. Patrick Winslow (Harris) se vê enlouquecido com uma campanha de marketing que tem de criar em dois dias a pedido de sua chefe tirana (interpretada pela belíssima atriz colombiana Sofia Vergara) e, a um passo da paternidade, ele dá vários sinais de que não quer ter um filho. O contato com os Smurfs servirá para fazê-lo mudar de ideia.

Se ainda houver curiosidade, leve algum pequeno ao cinema, mas não espere que a trama tenha muito sentido. E, se acompanhou as aventuras da turminha pela tevê nos anos 1980, não pense que vai rever seus amiguinhos de outrora. Os Smurfs são outros. Papai Smurf não inspira respeito, Smurfette está desprovida de charme e o Desastrado nos faz querer estapeá-lo por ser tão... desastrado.

Pontos a favor

Os pontos positivos do filme ficam por conta do ator que interpreta o bruxo Gargamel e de seu companheiro, o gato Cruel. O momento em que os Smurfs se preparam para enfrentar Gargamel, numa cena ao som de AC/DC, também é interessante.

Se a avaliação dos pontos fortes e fracos do longa acaba por não empolgar os maiorzinhos, se faz necessário pensar sobre o público a que se destina esta produção. Não parece que os antigos fãs te­­nham sido considerados, a menos que tenham filhos pequenos para levar ao cinema e estejam prontos para desembolsar uma boa grana depois, com todos os produtos que a galerinha azul já começa a estampar. GG

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