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Musical

Sobre tijolos amarelos

Mágico de Oz, sucesso da Broadway, estréia esta semana no Guairão

O estudo mostra que o mais famoso dos dinossauros tinha dificuldade nas curvas | Reprodução/G1
O estudo mostra que o mais famoso dos dinossauros tinha dificuldade nas curvas (Foto: Reprodução/G1)

Um espectro ronda Curitiba – o espectro da distante terra além do arco-íris. Trazida por um tornado, Dorothy, seu inseparável cãozinho Totó e toda a trupe que caminha pela estrada de tijolos amarelos, chegam quinta-feira à cidade para uma curta temporada de apresentações.

Dirigido pelo italiano Billy Bond – um dos pioneiros na montagem de musicais no Brasil – Mágico de Oz reúne elementos do livro, escrito em 1900 pelo norte-americano Lyman Frank Baum; do filme de 1939, dirigido por Victor Fleming; e do musical da Broadway, que estreou 1948.

"Construímos um híbrido, incluindo histórias que constam no livro, mas não aparecem no filme, a força dos efeitos visuais do filme e as músicas e danças do musical", explica Bond. O resultado agradou: montado pela primeira vez em 2003, Mágico de Oz já foi assistido por 1,4 milhões de espectadores no Brasil e viajou por outros países da América do Sul.

A história é velha conhecida das crianças de hoje e de ontem, mas nunca é demais lembrá-la: a jovem Dorothy mora com os tios em uma fazenda no estado do Kansas, Estados Unidos. Um tornado leva Dorothy e seu cão, Totó, para uma terra encantada e distante, além do arco-íris: a Terra de Oz. A casa de Dorothy caiu sobre a malvada Bruxa Má do Leste e a matou, o que faz a menina ser festejada pelos habitantes do reino. Mas a garota quer voltar para casa. Para isso deve viajar até a Cidade das Esmeraldas, onde vive o Mágico de Oz, que pode ajudá-la. O caminho é fácil: basta seguir a estrada de tijolos amarelos que corta o país.

Durante o percurso, Dorothy conhece peculiares habitantes do reino, que também querem fazer seus pedidos ao Mágico: o Espantalho, que quer ganhar um cérebro; o enferrujado Homem de Lata, que deseja ter um coração; e o Leão Covarde, que precisa de coragem. Juntos, passam por várias aventuras até chegar ao Mágico (na verdade um impostor, mas bonzinho) e conseguem realizar seus desejos.

"O fascínio da obra está na idéia do retorno às raízes e da importância da família", acredita Billy Bond. O diretor aponta as metáforas que estão por trás da história: o espantalho representaria o homem de campo americano, apavorado com os "abutres" e sem inteligência para seguir adiante; o Homem de Lata seria a indústria do país – enferrujada e sem coração; e o Leão, o próprio presidente da República, que rugia, mas tinha medo de tomar atitudes.

É longa a galeria de artistas que, fascinados pela história, prestaram sua homenagem ao Mágico de Oz (leia quadro). A música "Somewhere Over the Rainbow" (que no espetáculo é cantada em português) já foi gravada por Eric Clapton, Bobby McFerrin, Liza Minelli, Rita Lee, entre outros. Existe a lenda, até hoje não confirmada oficialmente, de que se o álbum Dark Side of The Moon, da banda inglesa Pink Floyd, for colocado no exato momento em que, no filme, o leão da MGM ruge pela terceira vez, as músicas acompanham a ação do filme. O "fenômeno" é chamado de "Dark Side of The Rainbow".

O elenco que participa da montagem que vem a Curitiba foi escolhido por meio de audições – mesma forma como os musicais da Broadway costumam trabalhar. Entre 2 e 3 mil atores se inscreveram e o processo – da escolha do elenco à estréia – levou cerca de 8 meses. "Em Mágico de Oz foi preciso atores que, além de atuar, dançassem e cantassem muito bem", explica o diretor. Um elenco de 40 atores participam do espetáculo, que conta com uma equipe de mais de 200 pessoas.

Há mais de cem anos do lançamento do livro e 80 do filme, o Mágico de Oz continua fascinando. "Os adultos se encantam com a dança, nos moldes dos musicais da Broadway. Os mais velhos a assistem com nostalgia, lembrando do filme. E as crianças embarcam na história", conta Bond. Seja como for, a trajetória de Dorothy soa atual como nunca. E virou objeto de culto.

Serviço: Mágico de Oz. Musical dirigido por Billy Bond. De 14 a 17 de junho. Quinta e sexta, às 9, 14h30 e 21 horas; sábado, às 15, 18 e 21 horas; e domingo, às 10h30, 15 e 18 horas. Guairão (Praça Santos Andrade, s/n.º). Quinta, às 21 horas: R$ 80 (platéia), R$ 60 (1.º balcão), R$ 50 (2.º balcão); Sexta, às 21h, sábado e domingo: R$ 90 (platéia), R$ 70 (1.º balcão), R$ 60 (2.º balcão). Meia-entrada para estudantes, cartão do Teatro Guaíra, Clube do Assinante e pessoas com mais de 60 anos.

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