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instrumental

Sozinhos no palco

Série Solo Música recomeça hoje com a apresentação do acordeonista Toninho Ferragutti

Toninho Ferragutti: instrumentista paulista abre série de concertos deste ano, no Teatro da Caixa. Evento segue com mais dez apresentações até dezembro | Myriam Vilas Boas/ Divulgação
Toninho Ferragutti: instrumentista paulista abre série de concertos deste ano, no Teatro da Caixa. Evento segue com mais dez apresentações até dezembro (Foto: Myriam Vilas Boas/ Divulgação)
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Um artista, um instrumento, um palco. A série Solo Música retorna de férias na noite de hoje, quando o acordeonista paulista Toninho Ferragutti sobe ao palco do Teatro da Caixa. Apostando na música instrumental brasileira como diferencial. e tendo o sucesso de público e crítica como bons coadjuvantes, o projeto, em sua segunda edição, segue com mais dez apresentações até o dia 7 de dezembro.

O fato de ter tido pai saxofonista, tio acordeonista e de ter nascido na cidade de Socorro, no interior de São Paulo, dão pistas sobre a origem musical de Ferragutti, também compositor e arranjador. "Era muito motivado pela família. Aprendi na década de 1960 a tocar sozinho, mas lá pelos meus 15 anos decidi fazer faculdade", conta o músico, hoje já meio arrependido. "Abandonei o curso no último ano. Foi quando senti que a música era o mais forte para mim."

Então Ferragutti e seu acordeão migraram para São Paulo. Na metrópole, começou a trabalhar na noite, inclusive como pianista. Frequentava estúdios, programas de televisão. O músico começava a "entrar no circuito".

Alguns anos e shows depois, Ferragutti exibe um respeitável currículo. Além de dividir o palco com artistas do porte de Maria Bethânia, Gilberto Gil, Wagner Tiso, Lenine e Elza Soares, entre outros, o músico guarda na estante alguns troféus: seu disco Sanfonemas foi finalista ao Gram­­my Latino em 2000, na categoria Música Regional, enquanto o disco-solo, Nem Sol, Nem Lua, foi indicado em 2006 na categoria Música Instrumental. Gênero, aliás, em ascensão no Brasil – haja vista a própria série da qual faz parte agora e ações concentradas, como o lançamento de discos instrumentais pela gravadora Biscoito Fino.

"Há cada vez mais espaço, mais público e ótimos músicos. O que é preciso é um olhar diferenciado das gravadoras, da mídia e de possíveis patrocinadores", comenta o acordeonista.

No repertório de hoje, música essencialmente brasileira. Como "Quando Me Lembro". A valsa-concerto, de Luperce Miranda, foi criada originalmente para bandolim e adaptada para a sanfona por Sivuca. Ferragutti ainda revela que irá executar uma composição do agora curitibano Hermeto Paschoal, além de choros, pitadas de música erudita, improvisações e músicas de sua própria autoria.

"Sei que a responsabilidade aumenta nesse tipo de concerto porque estarei sozinho no palco. Mas, ao mesmo tempo, é muito bacana o aspecto intimista do evento. A opção por apresentar minhas músicas nesse formato é muito válida", revela o paulista.

No ano passado, a série trouxe a Curitiba nomes como Tracy Sil­­verman (violino elétrico), Mar­­lui Miranda (música indígena), Zoltan Paulinyi (viola pomposa), Pereira da Viola (viola brasileira) e Cristina Braga (harpa).

"Ao termos artistas se apresentando sozinhos no palco, pudemos criar uma série sem nos preocupar com estilos musicais. Há música erudita e popular, há apresentações de world music e instrumentos que raramente são mostrados em Curi­­tiba", finaliza Álvaro Col­­laço, idealizador e produtor da Solo Música.

Serviço:

Série Solo Música – Toninho Ferragutti Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Dia 23 às 20h30. R$10 e R$5.

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