Professora de aquarela há cerca de 10 anos, a artista Ana Mueller acabou analisando, no fim do ano passado, alguns desenhos de suas alunas, e se deparou com vários trabalhos satisfatórios. Resolveu reunir as obras para a exposição Caminhos da Aquarela, que será inaugurada neste domingo, às 11 horas, na Galeria de Arte Solar do Rosário (Veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo).
No total, poderão ser vistos os trabalhos de dez artistas (entre eles, um da própria curadora) com singularidades e técnicas próprias, como aquarela seca e úmida. A primeira, explica Ana, traz um desenho com traço mais preciso e definido, com cores que não se misturam. Já a úmida é mais fluida. "Nela, não existe uma definição de área. Quando a tinta seca é que o artista consegue ver o que realmente aconteceu. É mais ou menos como uma gravura, que só mostra o resultado final depois de impressa."
Além de reunir aquarelas de características diferentes, a professora procurou selecionar vários tipos de artistas, desde iniciantes até as mais experientes. Também não há uma definição no tema, cada participante enviou o trabalho que considerava o melhor. "É uma exposição livre, para mostrar o resultado da trajetória das minhas alunas."
Cuidados
Formada em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), licenciada em desenho e especialista em museologia, Ana Mueller ressalta que a aquarela é uma das obras de arte que mais exigem cuidados na conservação e manuseio. "A obra precisa ser embrulhada em papel livre de acidez. E o vidro da moldura deve ter um espaço para não danificar o desenho. No geral, é preciso evitar qualquer substância com potencial tóxico", ensina. O artista também precisa ter cuidado com a água utilizada para diluir a tinta o ideal é fervê-la. "Isso evita que a cor fique amarelada e garante que a tinta dure por mais tempo".
