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Teatro

“Branca de Neve” ganha sombras e pantomimas, mas “perde” a voz

Melissa Teles-Lôbo interpreta a bela Branca de Neve sem dizer uma palavra. | Mariana Rocha/Divulgação
Melissa Teles-Lôbo interpreta a bela Branca de Neve sem dizer uma palavra. (Foto: Mariana Rocha/Divulgação)

“Uma Peça, Duas Linguagens – Branca de Neve?” utiliza o teatro de sombras e a pantomima com três atores em cena que não dizem nem sequer uma palavra.

É uma brincadeira com “Branca de Neve”, mas inspirada numa pesquisa que encontrou fábulas semelhantes a essa em várias culturas do mundo.

Mesmo assim, de acordo com o diretor Alvaro Assad, o espectador entende toda a trama.

“A peça aborda não só a vaidade, mas a relação das mulheres com o envelhecimento”, diz Assad.

O grupo Etc e Tal utiliza a mímica há 22 anos, sempre com textos próprios ou adaptações, mas, para esse trabalho, queria um clássico. A fonte escolhida foi o texto dos Irmãos Grimm de 1819, que formatou o conto de fadas “Branca de Neve” a partir de lendas orais – e maculou para sempre a ideia de madrasta.

Na versão consagrada pela Disney, a bruxa tenta só uma forma de assassinato, que é oferecer a maçã envenenada. Já no original, a maldade prolifera.

A projeção de sombras e silhuetas é feita em biombos laterais, revelando os personagens ou cenários fantasiosos.

O espetáculo também tem o trunfo de trazer música original de qualidade, além de figurinos trocados com frequência, criações de Fernanda Sabino.

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