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TEATRO

Canção de Renato Russo inspira peça

“Vento no Litoral” é base para texto que fala da amizade entre garotos que se separam mas, apesar de não conversar, lembram sempre um do outro

Wagner Santisteban e Klebber Toledo trabalharam juntos em “Caras e Bocas”. | Flavio Dantas/Divulgação
Wagner Santisteban e Klebber Toledo trabalharam juntos em “Caras e Bocas”. (Foto: Flavio Dantas/Divulgação)

A música de Renato Russo não só se mantém vivíssima em meio à legião de fãs ao longo das gerações: também tem inspirado vários espetáculos de teatro, como “Aonde Está Você Agora?” O texto já está na quarta montagem, com apresentações neste fim de semana no Teatro Regina Vogue.

A obra de Regiana Antonini parte da canção “Vento no Litoral”, e portanto fala de saudade e de como as pessoas nos impactam para sempre, apesar da distância. “Agimos certo sem querer/ Foi só o tempo que errou /Vai ser difícil sem você/ Porque você está comigo o tempo todo”, diz um trecho da música.

A ideia inicial é simples: dois amigos de infância se separam e mantêm “contato” só por pensamentos e lembranças, já que fazem um pacto. Eles combinam um dia fixo em que ambos devem abrir um “Livro da Sorte”. De acordo com a página aberta, imaginam que o outro está pensando a mesma coisa.

Estão em cena Klebber Toledo e Wagner Santisteban, como Pedro e Gabriel, respectivamente. Pedro mora em Vila Velha (ES), enquanto Gabriel muda-se para Nova York. Estamos na virada da década de 80 para a 90, quando a comunicação se dava principalmente via cartas tradicionais.

Enquanto eles crescem, vemos a relação dos dois em diferentes momentos, sozinhos ou por meio de flashbacks. “Tem um lado muito divertido que é a interação com a plateia, quando eles conversam sobre como conquistar uma menina”, contou Wagner à Gazeta do Povo.

Wagner e Klebber são conhecidos da televisão, especialmente por sua passagem por “Malhação”, em diferentes épocas. Wagner foi o “Lineu jovem” em participações especiais de “A Grande Família”. Os dois trabalharam juntos em “Caras e Bocas”.

Como os personagens estão separados espacialmente, a encenação, com direção de Otávio Muller, os coloca em espaços individualizados, em meio aos quais surgem projeções bastante interessantes. Veja aqui uma seleção:

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