
O ex-lutador Dwayne Johnson merece um crédito. Por sua persistência. Muitos atletas, de O. J. Simpson a Pelé, tentaram fazer uma transição do esporte para o cinema, mas talvez The Rock apelido com o qual Johnson se tornou conhecido nos ringues seja um dos poucos casos mais ou menos bem-sucedidos.
Afinal, ainda que com muitos títulos bem ruins no currículo, o astro também acumula alguns triunfos de bilheteria. E ele é bastante popular nos Estados Unidos.
Só que agora Johnson resolveu tentar provar sua capacidade de atuar em papéis mais sérios, que dependam mais de seus talentos do que de seus músculos. E aí começam os (muitos) problemas de O Acordo, filme de Ric Roman Waugh que estreia hoje nos cinemas.
The Rock protagoniza a trama no papel de um pai infiltrado em um cartel de drogas para provar a inocência de seu filho adolescente, preso pelo FBI.
O rapaz caiu em uma armadilha preparada por um amigo e não tem qualquer envolvimento com o crime organizado, mas pode acabar passando pelo menos dez anos preso se não fizer um acordo com a Justiça, fornecendo outros nomes de pessoas envolvidas com o tráfico ilegal de entorpecentes. E o garoto não conhece ninguém.
Aí seu pai, com quem mantém uma relação difícil, ao ponto de ele ter escolhido não usar seu sobrenome paterno, tem de entrar em ação.
Com um roteiro frouxo, repleto de situações pouco verossímeis, senão ridículas, o filme não tem pé nem cabeça. A única grande dúvida que deixa na cabeça do espectador é: o que uma grande atriz como Susan Sarandon, que vive o papel de uma promotora pública durona e ambiciosa, está fazendo em uma produção desse (baixo) calibre?



