Como qualquer garoto, o músico Fabiano Silveira (o Tiziu), conhecido principalmente pelo seu trabalho no grupo Trio Quintina, começou a se envolver com música tocando em uma banda de rock, na adolescência. Seu mergulho na guitarra elétrica durou pouco: na faculdade de Agronomia (que abandonou no último ano para seguir a carreira de músico), conheceu seu parceiro de banda, Gabriel Schwartz, e logo quis acompanhá-lo em sons mais tranquilos. Foi aprimorar seu conhecimento de violão no Conservatório de MPB de Curitiba, onde hoje é professor, e nunca mais quis saber da guitarra. Depois de seu reconhecido trabalho com o Trio, Tiziu lança hoje seu primeiro disco solo, Ectoplasma, no Teatro Paiol, onde também será gravado um DVD do show.
O disco, definido como afrochoro e afrossamba, traz a experiência já conhecida de Tiziu nos dois ritmos e inova ao acrescentar a sonoridade da música afrobrasileira. "Fiz uma pesquisa sobre a música presente no candomblé", conta. Como pesquisador, acabou frequentando alguns cultos e terreiros. Se apaixonou tanto pela religião que acabou se tornando umbandista. "Usei o universo do terreiro para as minhas composições. Foi a fusão disso com o samba e o choro que diferenciou o trabalho." Porém, Tiziu ressalta que não realizou um disco específico para pessoas que seguem a umbanda. "O resultado final não deixa de ser uma história musical minha, junto com o universo espiritual".
Na apresentação e gravação de hoje, Tiziu será acompanhado pelos músicos Rodrigo Simões (bandolim), Gabriel Castro (clarinete e flauta), Cristina Loureiro (percussão e piano), Iê dos Santos e Guilherme Miúdo (percussão). Além das canções de Ectoplasma, estarão no repertório composições que Tiziu realizou no conservatório de MPB e em festivais de choro.
Serviço
- Show Ectoplasma, de Fabiano Silveira (Tiziu).- Teatro Paiol (Praça Guido Viaro s/n), (41) 3213-1340.- Hoje, às 20h.- R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Ingressos antecipados custam R$ 16 e R$ 8.
