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Música

Tocar no Brasil era sonho, diz baixista do Sublime

Com novo vocalista, banda norte-americana se apresenta no festival SWU em outubro

Da esquerda para a direita: Rome Ramirez, Eric Wilson e Bud Gaugh: Sublime de volta aos palcos depois de 13 anos | Divulgação
Da esquerda para a direita: Rome Ramirez, Eric Wilson e Bud Gaugh: Sublime de volta aos palcos depois de 13 anos (Foto: Divulgação)
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No fim dos anos 1980, eles misturaram o ska ao hip-hop e criaram um som praieiro, cheio de groove e bomhumor. A sacada os diferenciou de outras bandas que surgiam na Califórnia na mesma época, como Green Day e Offspring, grupos que se abraçaram ao punk – ou ao que veio a ser o punk depois dos anos 1970. O sucesso do Sublime veio tarde, é verdade: a banda saiu das pra­­ias de Long Beach somente em seu terceiro e último disco, em que estão os hits "What I Got" e "Santeria", este cantado até hoje de Matinhos a Fortaleza.

Em maio de 1996, mesmo ano do lançamento do disco, porém, morria de overdose de heroína o vocalista e guitarrista Bradley Nowell. A banda parou. O hiato durou até o ano passado quando, sob a alcunha de Sublime with Rome – em menção ao novo vocalista Rome Ramirez –, o grupo retornou aos palcos depois de 13 anos. No dia 10 de outubro, o trio se apresenta pela primeira vez no Brasil. Ao lado de Kings of Leon, Dave Matthews Band e Regina Spektor, o Sublime with Rome completa o line-up do segundo dia do SWU Music & Arts Festival, evento que acontece em Itu entre os dias 9 e 11.

Por telefone, o baixista Eric Wilson conversou com a reportagem da Gazeta do Povo e, entre outras coisas, disse que um novo disco já está a caminho.

"Mal posso esperar. Vai ser a realização de um sonho tocar no Brasil", explicou Brian. O também quarentão baterista Bud Gaugh completa o trio, que não vê problemas em relação à idade de Ramirez. O novo vocalista tem apenas 22 anos. "Ele é louco, tem uma boa pegada e é um grande letrista. Não tenho do que reclamar", explicou o músico, de sua casa em Boston.

A banda, que fez o primeiro show em 2009, partiu para turnê norte-americana e, em festivais, está dividindo palco com Stone Temple Pilots, Deftones. O trio parece que voltou à antiga forma, enfim. Apesar de não ter muitas informações sobre o festival nem sobre quem se apresentará por lá – a escalação ainda conta com Pixies, Yo La Tengo e Rage Against the Machine –, não há preocupações extras sobre o público mesclado que en­­contrarão. "Sempre tocamos em palcos grandes e para muita gente. Isso não é um problema porque sempre nos divertimos muito. Sobre as bandas? Sei que vão ser muitas e há bons grupos. Mas quero mesmo é descobrir novos sons e curtir uns shows legais", diz ele.

O Sublime with Rome já apresentou uma música nova, chamada "Panic", em seus shows recentes. Sinal de que vem um novo disco por aí. "Sim, estamos trabalhando nele. O Ramirez está correndo muito e estamos voltando à ativa também nesse sentido", explica o baixista, despistando sobre a possível nova so­­noridade da banda. "Estamos abrindo a cabeça para coisas novas".

Outra sacada do Sublime foi acrescentar o dub e o reggae a suas músicas, que têm uma levada, vá lá, que até se aproxima da ginga brasileira. Não por acaso. "Sempre ouvi música feita no Brasil, gosto muito de samba e bossa nova. Acho que isso também faz parte da banda", diz o músico, que completa: "’Santeria’ está garantido".

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