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Cultura Popular

Tom Zé é experiente no “anticarnaval”

Zombie Walk, em 2009. Evento pretende reunir mil “mortos-vivos” em 2011 | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Zombie Walk, em 2009. Evento pretende reunir mil “mortos-vivos” em 2011 (Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo)
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Era 1958. Tom Zé, aos 22 anos e animadíssimo, fez suas próprias fantasias para o carnaval de três dias em um clube de Irará, na Bahia. Domingo, dançou até ver as cadeiras sobre a mesa e o sol se enxerindo pelas janelas. Segunda-feira, "perdeu o gosto" pela coisa à meia-noite. Terça, deu a fantasia para um amigo e nunca mais a viu na vida.

O baiano de 74 anos é a grande atração deste ano do Festival Psicodalia, que acontece entre 4 e 8 de março em Rio Negrinho, cidade catarinense a 130 quilômetros de Curitiba. Sua relação com o carnaval é "conturbada", como explicou em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

"Mas depois desse causo eu até fundei uma escola de samba em Salvador, a Centro Pilar de Cultura (CPC). Desfilamos mesmo antes dos trios elétricos dominarem o carnaval. Era uma coisa ridícula, mas era divertido", lembra o compositor-jardineiro, que junto com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes, encabeçou o movimento Tropicalista, no final da década de 1960.

Para Tom, o carnaval é como outra festa. O baiano entende que vai para Rio Negrinho "trabalhar", como afirma fazer na maior parte do tempo. "Tenho experiência nisso. No Recife, eu fiz uma espécie de anticarnaval. Era um show comum, em praça pública. Sou um traidor em potencial", diz o sempre bem-humorado Tom, que se surpreendeu com a escalação da banda carioca O Terço, ícone da geração hippie.

"Olha, que bacana. Eles vão tocar mesmo? Tenho muita identificação com a banda e até conheci o pessoal uma vez", lembrou o baiano.

Traditional Jazz Band, Ave Sangria, Sopa, O Conto, Plá, Cosmo Drah e Electric Trip são outras bandas que, ao lado de Tom Zé, irão trocar os repiques por algo ainda mais alto astral.

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