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Ao menos 21 participantes de realities cometeram suicídio em 12 anos

Alexa McAllister, participante do reality show “The Bachelor”, foi encontrada morta há duas semanas | Craig Sjodin/ABC
Alexa McAllister, participante do reality show “The Bachelor”, foi encontrada morta há duas semanas (Foto: Craig Sjodin/ABC)

Há duas semanas, uma ex-integrante 14ª edição do reality show “The Bachelor” foi encontrada desacordada e diagnosticada com overdose de medicamentos controlados.

O suicídio de Alexa McAllister, aos 31 anos, é um dos pelo menos 21 cometidos por ex-particpantes desse tipo de programa nos Estados Unidos desde 2004, segundo levantamento do jornal “New York Post”.

A estatística inclui estrelas de fenômenos de audiência no país, como o jogo de namoro do canal ABC e o “Kitchen Nightmares”, de Gordon Ramsay, exibido pela Fox, até atrações menos conhecidas, como “Storage Wars” (A&E Network), sobre compradores profissionais de móveis usados.

Alexa foi a segunda ex-participante de uma mesma edição de “The Bachelor” a se matar. Em 2013, a modelo Gia Allemand se enforcou com o cabo de um aspirador de pó.

O psicólogo Richard Levak, que já trabalhou em realities, afirmou ao jornal que a onda de suicídios dessas personalidades da TV é um debate ambíguo.

“Será que [aparecer em reality shows] atrai pessoas com maior instabilidade emocional?”, questiona. “Pessoas instáveis têm mais interesse? Ou as fantasias do reality fazem com que elas se matem?”

“Sua empresa está prestes a afundar no rio Hudson”, disse Ramsay ao chef de cozinha Joseph Cerniglia, durante episódio de “Kitchen Nightmares” em 2007. Três anos mais tarde, o cozinheiro se jogou no rio da ponte George Washington.

Ao “NY Post”, a mãe de Cerniglia, Patricia Hansen, disse não culpar o programa e elogiou a forma como seu filho era tratado por Ramsay por trás das câmeras.

Embora a maioria dos realities mantenha uma equipe de psicólogos para acompanhar a saúde mental dos concorrentes, ex-participantes disseram à publicação que a superexposição gerada por esses programas pode ser irreversível para a saúde mental.

“Acho que as pessoas não percebem as repercussões quando aceitam [participar]”, avaliou o vencedor da 4ª temporada de “The Bachelorette” (a versão feminina de ‘The Bachelor’), Jesse Csincsak.

“Ninguém entra para ser retratado como o agressivo, o bêbado ou algo assim, mas acontece, pois isso dá audiência e audiência é dinheiro.”

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