
O Zorra Total sempre dividiu opiniões sobre a sua qualidade inclusive no departamento artístico da Globo. Desde a sua criação, em 1999, muita coisa mudou. O humorístico, que no começo tinha nomes como Chico Anysio, Claudia Jimenez e Claudia Rodrigues, entre outros, sofreu uma decadência vertiginosa ao longo desses 15 anos no ar. Os esquetes se tornaram sem graça, apelativos, e lembravam o humor da época do rádio e da tevê a lenha. A audiência caiu ao longo dos anos, mas a Globo mantinha o programa no ar por conta de seu sucesso comercial. Mantinha.
Graças a Carlos Henrique Schroder, diretor geral da Globo desde janeiro do ano passado, o programa iniciou uma reformulação em junho deste ano e trocou de comando. Saiu Mauricio Sherman, diretor desde a estreia, e entrou Maurício Farias, fortalecido pelo sucesso de Tapas & Beijos e, mais recentemente, por Tá no Ar, humorístico acolhido nas redes sociais pelo roteiro inteligente.
As mudanças, no entanto, só devem entrar no ar completamente em 2015, junto com a nova programação e os 50 anos da Globo. Já se comenta nos bastidores que nem o nome do programa deve ser mantido. A reformulação deverá ser total. Pena que demorou tanto tempo para acontecer.
Uma boa sugestão seria se o "novo Zorra" fosse um programa de temporadas e não ficasse na grade o ano inteiro. Assim liberaria o espaço nobre do sábado à noite para programas como Dupla Identidade, que sofre com o horário ruim de sexta, depois do Globo Repórter.



