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Preservação

Última fábrica de discos de vinil do país pode virar patrimônio histórico

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou que seu ministério está examinando um pleito para a preservação da última fábrica de discos de vinil do Brasil, localizada em Belford Roxo, Rio de Janeiro. Ele disse que a fábrica poderá ser tombada pelo patrimônio histórico. Gil foi questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT - SP) sobre o pleito feito pelo grupo de rap de São Paulo Racionais MCs para preservar a fábrica.

O ministro participou de audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), destinada a debater o conteúdo audiovisual em tempos de convergência tecnológica.

Gil disse que a preocupação do governo é universalizar o acesso aos benefícios da convergência, de forma a "superar o fosso dos que têm acesso à Internet e dos que apenas possuem os cinco canais da TV aberta". A convergência acontece quando novas tecnologias permitem que formas de comunicação antes separadas passem a ser acessadas em um único aparelho, por exemplo, quando se ouve rádio pelo celular ou se assiste vídeo no computador.

Gil considera a convergência de tecnologias um tema central da política cultural do governo. O ministro citou dois programas do Ministério da Cultura que lidam com o tema: Núcleos Digitais, que oferece equipamentos para produção audiovisual e o Pontos de Cultura, que dá acesso a tecnologias digitais livres para comunidades periféricas de todo o país.

O ministro considera que, à medida que a Internet por banda larga for se tornando mais acessível no Brasil, o mercado audiovisual brasileiro vai crescer, trazendo novos atores econômicos e novos investidores ao cenário, como as empresas de telefonia.

- É preciso zelar para que novos capitais venham financiar nossa diversidade cultural e não apenas aumentar os conteúdos de língua estrangeira no Brasil. Queremos filmes americanos, mas também de outros países. Queremos a diversidade, não apenas o que cinco ou seis pólos produzem. Não foi o que aconteceu com a TV a cabo, que hoje oferta pouca diversidade nacional e mesmo pouca diversidade internacional, onde há o predomínio de uma só língua - disse o ministro.

Gil disse que novas tecnologias exigirão reformas e que o ministério está estudando mudanças na lei do direito autoral para permitir a digitalização de acervos, por exemplo. A reforma será amplamente debatida com a sociedade, prometeu o ministro. Ele informou que, entre os temas a serem discutidos, destacam-se direito autoral, digitalização de acervos e educação na era digital.

O ministro criticou as "travas tecnológicas" que tentam impedir cópias de conteúdo. Alegou que essas travas não ajudam os artistas nem os direitos autorais.

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