Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Clássica

Um ano de transição

Sem maestro titular, Orquestra Sinfônica do Paraná abre a temporada nesta quinta-feira, com Dante Anzolini, o primeiro de uma série de regentes convidados

A nova temporada da OSP terá principalmente maestros brasileiros | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
A nova temporada da OSP terá principalmente maestros brasileiros (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
O maestro Dante Anzolini já havia trabalhado com a orquestra paranaense no ano passado |

1 de 1

O maestro Dante Anzolini já havia trabalhado com a orquestra paranaense no ano passado

A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) faz nesta quinta-feira, às 20h30, o concerto de abertura da temporada de 2014 no Guairão. Sem maestro titular após a saída de Osvaldo Ferreira, o grupo se apresenta sob regência de Dante Anzolini, que também comanda o grupo no concerto do próximo dia 23.

O maestro argentino é o primeiro de uma série de convidados que se alternam à frente da OSP em uma espécie de residência de dois concertos, que resulta em um período de aproximadamente duas semanas de trabalho.

O primeiro programa terá a abertura da ópera La Forza del Destino, de Verdi; o Concerto para Flauta e Orquestra, de Carl Nielsen, com solo do também argentino Claudio Barile, e Concerto para Orquestra, de Bartók.

No dia 23, o programa será composto por uma única peça – a extensa Sinfonia N.º 5, de Mahler.

"Do ponto de vista do relacionamento da orquestra com um maestro convidado, um período maior necessariamente traz maiores possibilidades", opina Anzolini. "É possível trabalhar muito mais na expressão, no discurso estilístico", explica o maestro, que rege a OSP pela segunda vez.

Temporada de transição

De acordo com a diretora-presidente do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, a opção por uma temporada sem maestro titular e diretor artístico foi uma solução para o pouco tempo que havia entre a saída de Ferreira, em meados de dezembro do ano passado, e a definição da nova programação, que precisava ser feita ainda naquele mês. Com o orçamento reduzido e prevendo aumento de custos para convidar estrangeiros devido à Copa do Mundo, a OSP trabalhará principalmente com regentes brasileiros.

Entre os nomes previstos estão o do chileno Victor Hugo Toro (abril) e os dos brasileiros Claudio Cruz (abril), Thiago Flores e John Neschling (maio), Silvio Viegas e Guilherme Mannis (junho), Ricardo Castro (julho) e Fabio Mechetti (agosto). A programação completa ainda não foi divulgada pelo Teatro Guaíra.

O modelo, para Monica, será uma oportunidade para a orquestra conhecer o trabalho de outros maestros daqui. "É um ano para a orquestra fazer uma ponte legal até 2015, quando completa 30 anos", explica Monica, que prevê gastos de cerca de R$ 800 mil para a programação artística do grupo em 2014. Destes, R$ 600 mil são provenientes de um patrocínio da Copel. "Fechando o ano assim, teremos economizado 20% em relação ao ano passado", conta.

Sobre a linha seguida pela programação artística na nova temporada, definida pela direção do teatro e pelos músicos, o presidente da Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, José Dias de Moraes Neto, explica que haverá um esforço para recuperar um público que acredita ter sido perdido com a interrupção dos concertos noturnos, que voltam a acontecer.

"Os primeiros programas dão o tom do que faremos: começamos com duas obras de muito peso e importância dentro do repertório orquestral", promete.

Dança

Balé Guaíra estreia Cinderela em agosto

Isadora Rupp

Em comemoração ao aniversário do Balé Teatro Guaíra, que celebra 45 anos em novembro, o teatro realizará uma grande montagem do balé Cinderela, com estreia no fim de agosto. O espetáculo será concebido pelo espanhol Gustavo Ramirez Sansano, que já dirigiu companhias como a Luna Negra Dance Theater, de Nova York.

É a primeira vez que Sansano usará a história de contos de fada em uma coreografia, apesar de já ter experiência em trabalhar temas clássicos em conjunto com a dança contemporânea. Em 2011, Quixoteland, bastante elogiado pela crítica, teve como base o romance Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes.

A sugestão de usar a história de Cinderela foi do próprio Sansano, que esteve em Curitiba no ano passado para conversar sobre a proposta e conhecer os bailarinos do Guaíra. A intenção do coreógrafo é unir a dança contemporânea com temas musicais tradicionais. O projeto recebeu apoio financeiro da Copel e do Boticário – o Balé Guaíra foi uma das companhias apoiadas pela empresa por meio do edital O Boticário na Dança – e prevê dez apresentações no Guairão.

Viagens

Em 2014, além da estreia em agosto, o Balé Teatro Guaíra vai realizar, em novembro, um encontro com várias companhias públicas de dança, e também vai rodar o país com a montagem A Sagração da Primavera (de 2012, dirigida por Olga Roriz). Em maio, a companhia dança no Rio de Janeiro, na 2ª edição do Festival O Boticário na Dança. A coreografia também será apresentada na Bienal Internacional de Dança de Florianópolis e no Paralelo 16º – Mostra de Dança Contemporânea, em Goiânia.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.