• Carregando...
Michael Jackson, Francis Ford Coppola e George Lucas, no set de filmagens de Captain Eo | Disney/Divulgação
Michael Jackson, Francis Ford Coppola e George Lucas, no set de filmagens de Captain Eo| Foto: Disney/Divulgação
  • Jackson (último à direita) participou do musical O Mágico Inesquecível, ao lado da amiga Diana Ross
  • Martin Scorsese dirigiu Jackson no clipe do hit
  • O assustador Thriller: marco na história dos videoclipes
  • Ícones que morreram cedo

Michael Jackson amava musicais. Fã de Fred Astaire e Gene Kelly, ele sonhava reinar em Hollywood, como astro de cinema. Cantando e dançando. Sua primeira tentativa mais significativa foi em O Mágico Inesquecível (1978), de Sidney Lumet, versão negra do clássico O Mágico de Oz (1939), dirigido por Victor Fleming. O filme, cultuado até hoje pela comunidade afro-americana, não fez sucesso de bilheteria, mas o aproximou do homem que mudaria sua vida: o compositor e produtor Quincy Jones, com quem criaria os álbuns Off the Wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987), maiores êxitos de sua carreira.

Em O Mágico Inesquecível, Jackson tem momentos, encantadores. Vive o espantalho, personagem inseguro, que deseja mais do que tudo um cérebro. A identificação foi imediata – por mais que lhe dissessem que era um artista telentoso, genial até, ele não acreditava. Duvidava de suas capacidades. Jones, no entanto, sabia que tinha um diamante bruto nas mãos. Só faltava lapidá-lo.

Videoclipe

Juntos, Jackson e Jones, além de grandes discos, mudaram a história da cultura popular, consolidando o videoclipe com um veículo essencial à música produzida em larga escala, sem o qual quase nenhuma canção passou a ter chances de emplacar nas paradas. E as performances do cantor jamais deixaram a desejar.

Thriller rendeu um punhado de clipes que definiram o formato. A começar pela superprodução criada para a faixa-título do álbum. O filme, dirigido por John Landis (diretor de O Lobisomem Americano em Londres) e participação do ator Vincent Price, chegou a ser exibido nos cinemas. Igualmente espetaculares são os vídeos de "Billie Jean" e "Beat It".

No auge do sucesso de Thriller, que permaneceu durante anos nas paradas, Jackson foi convidado por Francis Ford Coppola (de O Poderoso Chefão) para estrelar Captain Eo (1986), filme em 3D no qual viveu o papel-título, o oficial de uma nave especial encarregado de levar um presente dos terráqueos a uma rainha extraterrestre (Anjelica Huston). Definido como uma space opera, foi exibido até 1994 no Epcot Center (Disneyworld, no estado da Flórida) e 1997, na Disneylância (Califórnia). Quem produziu foi George Lucas (de Star Wars).

Scorsese

Jackson protagonizaria ainda, em 1987, Moonwalker, longa-metragem resultante da reunião de curtas, todos musicais inspirados pelas faixas do álbum Bad, o primeiro depois do estrondo de Thriller. Desse disco, saiu o espetacular clipe de 18 minutos da faixa-título, que marcou o retorno de Jackson em grande estilo.

Sob a direção do cineasta Martin Scorsese (Taxi Driver), Jackson aparece como um rapaz do bem chamado Daryl, que acaba de se formar numa escola particular cara e prestigiada. Quando volta à cidade natal (Nova Iorque), tem de enfrentar a desonfiança e o preconceito dos amigos; Acham que ele virou um almofadinha.

Para provar que ainda é bad (durão), ele leva a gangue a uma estação de metrô (a Hoyt Schermerhorn Station, no Brooklyn), palco de uma genial coreografia, filmada com vigor pelo diretor nova-iorquino.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]