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Fotografia

Uma jornada fotográfica por Santiago de Compostela

Experiência de Fritz Jr. ao longo de 800 km rendeu livro e exposição que retrata a viagem dos peregrinos

Fotógrafo passou 36 dias caminhando pela Europa. | Fritz Jr./Divulgação
Fotógrafo passou 36 dias caminhando pela Europa. (Foto: Fritz Jr./Divulgação)

Percorrer a pé os 800 quilômetros entre a cidade francesa de San-Jean-Pied-de-Port e Santiago de Compostela, na Espanha, não foi um esforço para o fotógrafo Fritz Jr.

Os 36 dias caminhando, na busca por autoconhecimento, renderam um livro – Cruzando Caminhos, com 84 fotografias da jornada. A obra será lançada na quinta-feira (9), junto com uma exposição homônima, com 17 imagens, no Espaço de Arte.

Veja algumas imagens do livro Cruzando Caminhos

Formado em administração, o curitibano Fritz comprou sua primeira câmera com o salário de bancário. Viajou à Europa e registrou tudo. Voltou e pediu as contas, “bem impulsivo”.

Começou aulas de fotografia e, um ano depois, em 2010, planejou percorrer o caminho buscado por muitos peregrinos, em sua primeira expedição fotográfica.

“Foi um processo de me conhecer melhor que eu já buscava, e não sei exatamente quando começou. Mas também escolhi o caminho porque você estabelece algumas rotinas, e a forma mais prática de se contar uma história é andando de um ponto até outro”, explica.

No total, a experiência rendeu mais ou menos 1,5 mil fotografias. Para formatar o livro, viabilizado por um edital do Mecenato Subsidiado da Fundação Cultural de Curitiba, ele chegou a 120, mas viu que escolheu registros “desnecessários”.

“Fui organizando, coloquei algumas coisas em ordem cronológica, e fechei em 84 fotos. O artista cria porque tem a necessidade de criar e, hoje, com os dispositivos, é muito fácil produzir e o material não ir além do Facebook. Então, quando você consegue gerar um produto para compartilhar essa vivência, é fantástico”, fala.

Por ser um destino bastante procurado, a estrutura do caminho de Santiago de Compostela conta com os chamados “albergues dos peregrinos” – que auxiliaram o fotógrafo na viagem. Nesses espaços, de baixo custo, existem regras claras a cumprir, como dormir cedo e sair dos espaços antes das 8 da manhã para seguir viagem. A não ser que a pessoa passe por um problema físico, como foi o caso de Fritz, já no primeiro dia.

“Tinha 26 anos, achei que estava preparado”, diz, rindo. Mas o sobe e desce dos pirineus franceses nos 20 quilômetros iniciais causaram uma tendinite nos joelhos.

Ao longo dos dias, as dores atingiram tornozelos, costas, quadris... “Mas o interessante é essa compensação do corpo. Aos poucos, ele vai poupando o que está doendo mais e muda de ponto. Você se entende com a dor”, diz Fritz.

Os incômodos físicos, aliás, foram essenciais no processo criativo: nesses momentos, em que precisava ficar mais introspectivo para se poupar, surgiram os melhores registros. “Foi quando as fontes mais inspiradoras apareceram.”

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