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Entrada da BPP revitalizada terá balcão de empréstimos em destaque | Fotos: Divulgação
Entrada da BPP revitalizada terá balcão de empréstimos em destaque| Foto: Fotos: Divulgação

Reforma quer gerar mais circulação

A Biblioteca Pública do Paraná recebe hoje 3 mil visitantes por dia, e é visivelmente um dos espaços culturais mais agitados da cidade. Mesmo assim, a intenção do projeto de revitalização é fazer circular ainda mais gente, tirando o estigma de que bibliotecas são lugares "chatos."

O visitante poderá, além de emprestar livros, conferir exposições em cartaz, tomar um café e ler os jornais do dia, ocupando o espaço por inteiro."Não podemos nos acomodar no pensamento de que a biblioteca já é bem visitada", acredita o diretor da BPP, Rogério Pereira, que se diz bastante otimista com a reforma.

O arquiteto Manoel Coelho, que foi frequentador assíduo da BPP na sua época de estudante, na década de 1960 (ele se formou na UFPR na primeira turma do curso), quer ver o prédio como um grande centro cultural. "É algo que deu certo no Paço Municipal. A revitalização prevê formas de atrair mais gente sem prejudicar a função principal da biblioteca, de ser um grande acervo." No lançamento do projeto, Coelho contou que seu escritório não costuma entrar em concorrências públicas, mas que abraçou a causa quando viu que se tratava da biblioteca. "Tínhamos que entrar para ganhar. Eu não saía daqui quando era estudante. Tenho um carinho enorme."

  • Café pretende ser um chamariz e gerar mais circulação

Exemplo de espaço cultural pulsante da cidade, e um dos prédios mais icônicos de Curitiba, a Biblioteca Pública do Paraná (BPP) ganhará uma ampla reforma. O projeto, que foi lançado ontem na BPP, de autoria do arquiteto Manoel Coelho, responsável pelas bibliotecas da PUC-PR e Universidade Positivo, vai revitalizar e modernizar o prédio, transformando-o em uma espécie de centro cultural.

O custo total da obra será de R$ 7,5 milhões, investimento previsto no orçamento estadual de 2013, que está atualmente em discussão na Assembleia Legislativa. Segundo o secretário estadual da Cultura, Paulino Viapiana, R$ 3 milhões já estão previstos. "Iremos em busca de parceiros e patrocinadores para o que for necessário complementar." O diretor da BPP, Rogério Pereira, disse que um programa da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) para revitalização deve ser utilizado, e já tem conversa agendada com o presidente da instituição, Galeno Amorim.

Não há data de início para as obras, mas Viapiana afirmou que a expectativa é que, feita a licitação, a biblioteca será totalmente revitalizada no período de um ano e meio. As transformações serão feitas em etapas e, por enquanto, não há previsão de fechamento temporário ou alteração no horário de atendimento; mudanças necessárias serão discutidas posteriormente, conforme o andamento da reforma. Instalação de wi-fi e pintura externa são execuções previstas para breve.

As principais mudanças para os usuários se concentrarão principalmente no hall de entrada: o balcão de empréstimo e devolução, hoje um pouco mais "escondido", passa a ser o primeiro local visualizado por quem chega à biblioteca. O térreo abrigará, ainda, um café e espaço exclusivo para exposições e lançamentos de livros. "Quem circula pelo centro sempre vê cafés cheios. Não queremos competir comercialmente, mas sim criar mecanismos para aumentar a permanência dos usuários", salienta Pereira.

Externa

Outra importante alteração é o fechamento das duas principais laterais externas do prédio, que, hoje, são uma espécie de abrigo para moradores de rua e dependentes químicos, que se concentram no local principalmente à noite. A decisão, explica Coelho, foi tomada após consulta com Romeu Paulo da Costa, autor do projeto original da BPP (inaugurada em 1954, durante as comemorações ao Centenário da Emancipação Política do Paraná). "Ele [Paulo da Costa] concordou, e também consultamos o Patrimônio Histórico [o edifício é tombado desde 2003]. Foi um trabalho feito com todo o respeito." As características iniciais do prédio, aliás, serão mantidas. "A ideia é manter o original e recuperar coisas defasadas como o auditório, que não tem acessibilidade nem ar-condicionado, e que ganhará um sistema de climatização e de acústica. Ficará preparado tecnicamente para qualquer atividade", frisa Coelho.

Além disso, todo o mobiliário das salas será trocado por peças mais modernas, com poltronas e pufes espalhados por todo o prédio. Seções serão rearranjadas (o segundo andar terá uma parte de documentação e homenagem aos autores paranaenses) e a de livros raros, hoje no subsolo, será levada para outro andar, com climatização adequada.

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