Uma das obras mais famosas da música clássica, a 9.ª Sinfonia de Beethoven foi escolhida para encerrar a temporada da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) no Guairão neste fim de semana excepcionalmente com concertos no sábado, às 20 horas, e no domingo, às 18h30 (e não no tradicional horário da orquestra aos domingos de manhã).
Para executar a magistral obra do compositor alemão, o grupo, novamente sob regência de Roberto Tibiriçá, conta com a participação de 68 cantores do coro Novaphilarmonia, dirigidos por Emanuel Martinez, e dos solistas convidados Rosana Lamosa (soprano), Ana Lúcia Benedetti (mezzo-soprano), Paulo Mandarino (tenor), e Savio Sperandio (baixo).
"É uma obra icônica, considerada um patrimônio da humanidade, feita no final da vida de Beethoven, já totalmente surdo, que deixou de testamento uma mensagem de esperança, de felicidade", define Tibiriçá, que conta ter regido a Nova Sinfonia muitas vezes várias delas em sequência, como acontece neste sábado e domingo.
"Basta colocá-la no programa que o público vem em massa. Já fiz uma sequência de três concertos que precisou de uma sessão extra. E seria um trabalho imenso para ser apresentado uma vez só", explica o maestro, para quem cada abordagem da obra envolve um amadurecimento. "Hoje a leio de outra forma que fazia há um ano. Ela tem o poder de mexer com a concepção da gente. E tenho certeza de que vai ficando mais intensa", diz.
A grandiosidade e o apelo do programa, de acordo com a diretora-presidente do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, é uma maneira de celebrar o que considera a melhor temporada da orquestra em sua gestão. "O foco era recuperar um público que perdemos aos poucos. E tivemos uma aceitação muito grande", diz.
A apresentação de sábado também marca a entrega da restauração do Grande Auditório do Guaíra para o público. "É para lotar", diz Monica.
