Se em lugares como os EUA e a Europa, ser desenhista de quadrinhos é uma profissão capaz de proporcionar não apenas um bom padrão financeiro, mas uma profissão estável e duradoura, no Brasil, a situação é bem diferente.
Tanto que, grande parte dos desenhistas brasileiros acaba sendo exportada para grandes estúdios internacionais e os que aqui permanecem, encontram sérias dificuldades para divulgar, publicar e sobreviver de suas criações.
Discutir o atual panorama dos quadrinhos independentes brasileiros e a utilização da internet como uma ferramenta de divulgação e distribuição dos trabalhos dos artistas são os objetivos primordiais da 1.ª Festa do Quadrinho Independente, evento que acontece neste sábado, a partir das 13 horas, na Gibiteca de Curitiba.
Organizada por um grupo de quadrinistas locais, entre eles os autores da revista trimestral Quadrinhópole publicada de forma independente pelo roteirista Leonardo Melo e o desenhista André Caliman a festa irá contar com lançamentos de revistas de diversas regiões do país, uma feira de quadrinhos novos e usados com promoções especiais promovidas pala Itiban Comic Shop, além de debates sobre o mercado editorial.
"Estamos vivendo um momento de expansão de títulos independentes. Nossa idéia é aproveitar essa produção, unindo os artistas em um mesmo evento, para facilitar a divulgação e chamar a atenção das pessoas para este tipo de iniciativa", explica Leonardo Melo, 24 anos, editor e roteirista da Quadrinhópole, que lança sua quarta edição durante a festa.
Na semana
E a realização de eventos voltados ao gênero quadrinhos não pára após o término da 1.ª Festa do Quadrinho Independente. Na segunda-feira, às 19h30, o tema do fórum Segunda Língua Estrangeira, promovido pela Aliança Francesa na Fnac ParkShopping Barigüi (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, lj. 101), serão as histórias do jovem repórter Tintin e seu cachorro Milu, criações do desenhista belga Georges Remi.
Já na terça-feira, às 19 horas, o chargista Alberto Bennett, jornalista e ilustrador profissional da Gazeta do Povo, inaugura a mostra Eu Tenho Graves Problemas Mentais, na Sala Gilda Belczak, do Centro Cultural Solar do Barão (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 533). A exposição, que tem entrada franca, fica em cartaz até o dia 23 de setembro e o horário de visitação é das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas (de terça a sexta-feira) e das 12 às 18 horas (sábados e domingos).
