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Cinema

Vikings na terra de asterix

Asterix e Obelix são dois personagens de histórias em quadrinhos, criados em 1959 na França por Albert Uderzo e René Goscinny. Até agora, suas aventuras foram adaptadas para o cinema 11 vezes. A mais recente, Asterix e os Vikings, estréia hoje nos cinemas brasileiros com as vozes da trupe do programa Pânico (da RedeTV) na dublagem. Trata-se de uma tentativa de "modernizar" o universo de personagens e trejeitos que tradicionalmente caracterizam o universo dos quadrinhos. Em outras palavras, o eixo central do filme é uma história de amor entre dois personagens que o público sequer conhece: Abba e Calhambix.

Trata-se, também, da animação mais cara produzida na Europa, com um orçamento de US$ 30 milhões. Parte significativa da equipe de produção está nos ex-funcionários do departamento de animação bidimensional da Disney, extinto no ano passado. Por outro lado, com o objetivo de reduzir custos, quase um terço das animações foi realizada no Brasil, por 50 técnicos e artistas coordenados pelo animador Marcelo de Moura.

Os cinemas em Curitiba não parecem apostar no sucesso do desenho. No Cinemark Müller, por exemplo, haverá apenas três sessões diárias. A título de comparação, a outra estréia da semana, O Diabo Veste Prada, terá seis exibições por dia no mesmo multiplex.

Na trama, Asterix e Obelix são convocados para transformar o sobrinho do chefe Abracurcix em um autêntico guerreiro. A tarefa não é fácil porque o garoto, chamado Calhambix, é um representante da vida urbana e só quer saber de música eletrônica, comida orgânica, paquera e enviar torpedos, usando seu pombo-correio, o SMS.

A situação se complica quando uma tropa de vikings desembarca na Gália e seqüestra o medroso Calhambix. O menino, porém, se apaixona por Abba, a filha do líder dos Vikings (Grossebaf). A moça, por sua vez, quer fugir de um casamento armado pelo pai. Ou seja, esse é um desenho de Asterix e Obelix em que a dupla de heróis é apenas coadjuvante, na qual os personagens não enfrentam romanos e em que o universo de personagens gauleses é praticamente ignorado. Não seria tão mal se houvesse mais cuidado na construção dos de Calhambix e Abba, mas, fora algumas observações cômicas sobre o comportamento de adolescentes de hoje, Asterix e os Vikings peca pelo pouco inspirado uso de clichês de histórias de amor. GG

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